Revista Epistemologias do Sul https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul Epistemologias do Sul: Pensamento Social e Político em/para/desde América Latina, Caribe, África e Ásia pt-BR Revista Epistemologias do Sul 2526-7655 Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:<br /><br /><ol type="a"><li>Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li></ol> Paisagens e paisagismos do Sul, sobre o Sul, a partir do Sul e para o Sul https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4006 Leo Name Rodrigo da Cunha Nogueira Céline Veríssimo Copyright (c) 2023 Leo Name, Rodrigo da Cunha Nogueira, Céline Veríssimo 2023-02-15 2023-02-15 6 2 El gótico tropical https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4017 <p>El trabajo reflexiona sobre el origen y la hibridación del término “Gótico Tropical”. Para ello consideramos que las obras del Gótico Tropical se sitúan como un locus de enunciación acerca de la monstruosidad asociada con la producción de la alteridad del paisaje y el sujeto latinoamericanos, los cuales fueron construidos por una mirada eurocéntrica. Observamos que tanto los términos “gótico” como “tropical” se sitúan desde la artificialidad de repertorios en constante transformación, asimismo discutimos la continuidad de ambos términos y la posible permanencia de sus derivaciones híbridas.</p> Libia Castañeda Copyright (c) 2023 Libia Castañeda 2023-02-15 2023-02-15 6 2 O sertanejo e sua indissociação com o seu espaço https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4019 <p>Utilizado para distinguir as populações afastadas dos centros populacionais, o termo sertanejo, acabou sendo vinculado a população nordestina do semiárido brasileiro. De forma semelhante, o espaço do sertanejo, o sertão, transitou de significado com o passar do tempo. Tanto o sertanejo quanto o sertão foram construído/inventados a partir do século XVIII, por meio de diversas formas de expressões culturais, como a literatura, as artes plásticas e o cinema, entre outras. Utilizando da literatura como fonte, analisarei a relação de dependência na representação do sertanejo e do sertão. Por meio da análise da construção da personagem Fabiano da obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos pretendo apresentar como essa relação se tornou indissociável em um processo de dependência na geração dos significados do personagem (sertanejo) e do espaço (sertão). Para realizar a análise, utilizarei os trabalhos de Leo Name sobre o conceito de personagem-geográfico, além do conceito de Orientalismo de Edward Said.</p> Flávio Augusto Serra Copyright (c) 2023 Flávio Augusto Serra 2023-02-15 2023-02-15 6 2 Paisagismo dos orixás https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4022 <p>Para além de um espaço religioso, o terreiro de Candomblé sempre foi um espaço doméstico comunitário de resistência histórica contra a opressão externa colonizadora na luta pela libertação do Povo de Santo – e ainda o é, até os dias de hoje. Observando-se as práticas no Ilê Asé Ojú Ogum Fúnmilaiyó em Foz do Iguaçu, no Paraná, para resistir à marginalização, o espaço exterior do terreiro inclui, em ambas as suas dinâmicas doméstica e religiosa, um paisagismo comestível, ritualístico, sagrado e medicinal, um cotidiano doméstico e um outro, religioso, bem como a criação de renda familiar/comunitária. Este artigo debruça-se, por um lado, sobre o enquadramento histórico dos terreiros de Candomblé, com vistas ao reconhecimento e à valorização desses espaços como patrimônio arquitetônico e paisagístico afro-latino. Por outro, propõe um olhar crítico sobre as dinâmicas paisagísticas sagradas, ritualísticas, de cura, de resistência e de autonomia no espaço exterior dos terreiros de Candomblé, no Brasil. Esta análise recorre à teoria da ecologia política orientadas ao giro decolonial, sobre a luta dos povos originários e tradicionais pelos direitos humanos, os direitos da natureza; e à ecologia de saberes, que emerge da pluriculturalidade e dos interconhecimentos além conhecimentos ocidentais, com vista a uma igualdade biocêntrica. As perspectivas hegemônicas de Estado, capitalismo global e patriarcado da modernidade eurocêntrica, caracterizam o desenvolvimento como a naturalização da desigualdade. Deste modo, os povos marginalizados defendem seus recursos naturais para evitar a perda de um patrimônio biocultural irrecuperável e combater a continuidade histórica de opressão, o epistemicídio, o racismo ambiental e prover a resistência espacial. As ações higienistas, antidemocráticas e ultraliberais, da atual conjuntura política do país, agravam os riscos do Povo de Santo, na luta por uma sociedade igualitária, libertária e autogestionada. O esboço para uma definição não completa de Paisagismo dos Orixás convida a imaginar outras vidas e outros mundos.</p> Céline Veríssimo Mauricio Santos Copyright (c) 2023 Céline Veríssimo, Mauricio Santos 2023-02-15 2023-02-15 6 2 Que planta escolher? https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4025 <p>O artigo tem como objetivo correlacionar, no âmbito teórico, espécies vegetais que têm potencial fitorremediador com a etnobotânica. Considerando de um lado sua capacidade de despoluição de águas e solos, e de outro, seu uso ancestral nos mais variados procedimentos religiosos de distintas culturas. Para tanto, o texto apresenta como resultados um levantamento inicial dessas espécies vegetais com capacidade fitorremediadora, comprovada por publicações científicas, e que na etapa pós-colheita também têm funções litúrgicas e outras, especificamente, na Umbanda. São raras as pesquisas que correlacionam a capacidade de fitorremediação das plantas com seus usos e representações ritualísticas, medicinais, alimentares, culturais e econômicas. Diante disso, este ensaio é uma provocação, que visa, além de estimular mais investigações científicas sobre as temáticas, contribuir para registrar os conhecimentos e a cultura da Umbanda. Buscando romper com visões paradigmáticas e lançar luz sobre sincretismos, simbologias e tradições que por vezes são negligenciados pela sociedade.</p> Nayara Cristina Rosa Amorim Mayara Mychella Sena Araújo Copyright (c) 2023 Nayara Cristina Rosa Amorim, Mayara Mychella Sena Araújo 2023-02-15 2023-02-15 6 2 Sabores, aromas e saberes https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4026 <p>Este texto é a tradução de artigo de Maria Paula Meneses, originalmente publicado sem resumo na coletânea Knowledges Born in the Struggle: Constructing the Epistemologies of the Global South, em 2019 (resumo feito pelos editores). O artigo revela os saberes invisibilizados.</p> Maria Paula Meneses Mariana Redd Copyright (c) 2023 Maria Paula Meneses; Mariana Redd 2023-02-15 2023-02-15 6 2 Restinga comestible https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4029 <p>El siguiente artículo presenta un trabajo que aborda dos problemáticas actuales de la ciudad de Rio de Janeiro, Brasil; por un lado, en el tema ambiental, la fragmentación del ecosistema de restinga nativos de esta zona, gracias a los procesos de urbanización; y por otro lado la carencia alimenticia en las comunidades de bajos recursos económicos presentes en la región, para lo cual se presenta una propuesta de paisajismo comestible implementada en el espacio público de la zona oeste de la ciudad, buscando atenuar ambas cuestiones. Dicha investigación se realizó a partir del estudio de un marco teórico que trata temas de paisaje, ecosistemas, procesos de urbanización y paisajismo comestible. Además de esto, utilizando herramientas tecnológicas y realizando visitas de campo, se practicó todo el análisis biofísico y urbano-arquitectónico del área de estudio seleccionada. Este proceso investigativo y proyectual permitió seleccionar unas áreas dentro del espacio público en las cuales se aplicó la propuesta de paisajismo comestible. </p> Mariana Castañeda Díez Rita de Cássia Martins Montezuma Copyright (c) 2023 Mariana Castañeda Díez, Rita de Cássia Martins Montezuma 2023-02-15 2023-02-15 6 2 Paisagem de injustiça hídrica no Assentamento Pequeno William do MST no Distrito Federal https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4032 <p>Os processos coloniais que estruturaram o territorio brasileiro seguem ocorrendo na produção dos espaços rurais contemporâneos, perpetuando e reproduzindo cenários de exploração dos recursos naturais, na perspectiva colonizadora da acumulação do capital, representada pela apropriação de vastas extensões territoriais por poucos indivíduos. De um lado, o modelo do agronegócio, com o desmatamento, o latifúndio e a monocultura para produção de alimentos e commodities, o uso intensivo de agrotóxicos, fertilizantes químicos e sementes híbridas e causando grandes impactos ambientais nos cursos d’água; e, de outro lado, a resistência da agricultura familiar, que ocupa cerca de 25% das terras agricultáveis com a produção de alimentos, diversificados em pequenos lotes e decorrente das práticas e técnicas das experiências de vida dos camponeses, das comunidades tradicionais, dos quilombolas e dos povos indígenas. Carregam em si a possibilidade da transição agroecológica. O modelo hegemônico capitalista acelera a crise ambiental sistêmica e a escassez de recursos hídricos. No Distrito Federal, a ausência de políticas públicas eficientes para a gestão dos recursos hídricos, reforçam a crise de abastecimento de água para a população, resultando em racionamentos jamais vistos na história nesta região do país. No Assentamento Pequeno William, na Região Administrativa de Planaltina, no Distrito Federal, Brasil, o principal empecilho para a prosperidade dos cultivos familiares é a falta de recursos hídricos disponíveis. Esta pesquisa tem como objetivo evidenciar a luta das famílias assentadas pela reforma agrária, que continua após a conquista da terra. Por meio da prática da pesquisa-ação, da cartografia participativa e de entrevistas semiestruturadas, obteve-se o levantamento dos obstáculos que dificultam a prosperidade da vida e dos cultivos no Assentamento Pequeno William, bem como as soluções de baixo custo adotadas pelos assentados para garantir a sobrevivência, que se assemelham às Soluções Baseadas na Natureza – SbN, da ONU. Como resultado, a pesquisa apresenta as tecnologias levantadas e aponta outras possíveis soluções de baixo custo para a escassez hídrica. As prática vividas ou herdadas de ancenstrais, amigos colaboradores e encontradas ou mesmo na internet, nos livros e em outros meios diversos, promovem a autonomia da comunidade sobre os meios de controle e dependência, muitas vezes inerentes às políticas públicas aplicadas por todo o Brasil, e buscam combater a crise hídrica por meio de uma visão sistêmica que reúne práticas agroecológicas de ecosaneaento de reservatório, reuso e restauração de cobertura vegetal.</p> Acácio Machado Alves Liza Maria Souza de Andrade Camila Maia Dias Copyright (c) 2023 Acácio Machado Alves, Liza Maria Souza de Andrade, Camila Maia Dias 2023-02-15 2023-02-15 6 2 Paisagens das Minas https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4033 <p>Este trabalho tem como objetivo traçar apontamentos que ajudem a caracterizar as paisagens das Minas Gerais produzidas pela atividade da mineração, que se entende como uma paisagem de riscos, vulnerabilidades e dependente de interesses internacionais. Para isso, trazemos uma articulação entre os mais recentes rompimentos de barragens de rejeitos de minérios no estado de Minas Gerais – os rompimentos de barragens que ocorreram nos municípios de Mariana e Brumadinho – e as origens da mineração na antiga Villa Rica, atual município de Ouro Preto. O trabalho se baseia na premissa de que as sociedades modernas foram (e ainda são) formadas por um modelo de desenvolvimento baseado na hierarquização do mundo, colocando o desenvolvimento de uns em detrimento de outros, causando situações de riscos e vulnerabilidades socioambientais à populações e territórios. Metodologicamente, o artigo está dividido em uma parte teórica, que tem como objetivo trazer elementos para interpretação da produção sócio-espacial em Minas Gerais. E uma segunda parte que aborda, através dos casos, como a mineração influencia na conformação de uma paisagem de riscos e vulnerabilidades, e como as populações locais resistem e lutam por melhores condições de vida. </p> Rodrigo da Cunha Nogueira Copyright (c) 2023 Rodrigo da Cunha Nogueira 2023-02-15 2023-02-15 6 2 Às margens das monoculturas https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4035 <p>O artigo apresenta os caminhos realizados para a construção de um inventário de referências culturais e paisagísticas no território do Baixo Sul, no estado da Bahia. As dificuldades enfrentadas para realização da pesquisa, diante da pandemia, alçaram a memória e a ancestralidade como guias na busca, entre as frestas da história oficial, por vestígios da contribuição nas paisagens de povos submetidos ao silenciamento e apagamento de sua existência, suas práticas e seus conhecimentos. As histórias e as narrativas desveladas nos relatos associadas às análises das paisagens, nosso corpo de estudo, reconhecem a participação e a cooperação de diferentes agências. O artigo busca apresentar a diversidade de comunidades que habitam o Baixo Sul, a forma como se relacionam com o ambiente e como construíram, ao longo de anos, suas sociabilidades, em cujas as águas são importante elemento de comunicação e propulsoras de vidas. Além disso, um breve resgate histórico das etnias indígenas contribuiu para reafirmar sua participação na formação do território, presente na ancestralidade das pessoas que o habitam, na língua, na etimologia de lugares e na continuidade de práticas e conhecimentos visível nas paisagens. Conjuntamente, a herança cultural dos povos afrodiáporicos e seus conhecimentos ancestrais de tecnologias agrícolas, com domesticação de espécies vegetais e manejo de águas e solos, contribuíram para a diversidade biocultural. Nesse universo de cooperação e coexistência que alimenta essas paisagens se juntaram outros agentes, como plantas, macacos e aves, entre outras existências que produzem histórias e paisagens de sobrevivência às margens de plantations e monoculturas de pensamento.</p> Marta Raquel da Silva Alves Erivan de Jesus Santos Junior Copyright (c) 2023 Marta Raquel da Silva Alves, Erivan de Jesus Santos Junior 2023-02-15 2023-02-15 6 2 O design de paisagens de emaranhamento https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4037 <p>Este texto é a tradução de um manuscrito ampliado de artigo de Martin Prominski, originalmente publicado sem resumo na coletânea Routledge Research Companion to Landscape Architecture, em 2018 (resumo feito pelos editores). O artigo revisa o conceito de paisagem.</p> Martin Prominski Mariana Redd Copyright (c) 2023 Martin Prominski, Mariana Redd 2023-02-15 2023-02-15 6 2 História e paisagem https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4040 <p>O presente artigo tem como objetivo revisar o devir histórico e a historiografia do conceito geográfico de paisagem, afim de mostrar sua pertinência operativa nos estudos ambientais, mediante análises homeostáticas de seus elementos tanto biofísicos quanto socioculturais. Para isso, ponderamos a utilidade de um enfoque epistêmico monista – a paisagem como uma totalidade onde não há separação de seus componentes –, frente ao dualismo manifesto na dicotomia natureza-sociedade, comum no pensamento científico dominante, que pouco contribui para um entendimento completo do meio, em um contexto de emergência ecológica global. </p> Pedro S. Urquijo Torres Narciso Barrera Bassols Victória Tupini Copyright (c) 2023 Pedro S. Urquijo Torres, Narciso Barrera Bassols; Victória Tupini 2023-02-15 2023-02-15 6 2 Paisagens do Sul, amefricanas e ch’ixis https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4041 <p>Confrontando eurocentrismos e ocularcentrismos inerentes às concepções mais usuais da paisagem por intelectuais do Norte, insiro-a no debate que exige epistemologias, conhecimentos, e conceitos do Sul, sobre o Sul, a partir do Sul e para o Sul, tendo em conta dimensões de gênero, raça, etnicidade e lugar. Levo a discussão para o contexto latino-americano, estabelecendo conversas com a afro-brasileira Lélia Gonzalez, a aimará e a boliviana Silvia Rivera e seus conceitos de “amefricanidade” e “chi’ixi” que reinterpretam as narrativas sobre aculturação e mestiçagem. Além disso, esboço três inflexões destas teorizações à paisagem latino-americana. </p> Leo Name Copyright (c) 2023 Leo Name 2023-02-15 2023-02-15 6 2 Pode a folha falar? https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4008 Céline Veríssimo Mauricio Santos Copyright (c) 2023 Céline Veríssimo , Mauricio Santos 2023-02-15 2023-02-15 6 2 Dados técnicos https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4005 Copyright (c) 2023 Marcos De Jesus Oliveira 2023-02-15 2023-02-15 6 2 Quando o rio mora ao lado https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4011 Nayara Cristina Rosa Amorim Copyright (c) 2023 Nayara Cristina Rosa Amorim 2023-02-15 2023-02-15 6 2 Los silencios de los mapas, los personajes ausentes https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4012 Oswaldo Freitez Carrillo Copyright (c) 2023 Oswaldo Freitez Carrillo 2023-02-15 2023-02-15 6 2 Paisagens solitárias de lugares fantásticos https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/4014 Leo Name Copyright (c) 2023 Leo Name 2023-02-15 2023-02-15 6 2