APRENDENDO COM OS POVOS TRADICIONAIS E COM A NATUREZA: da sanidade vegetal à sanidade dos agroecossistemas

Autores

  • Renata Rocha Gadelha Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Resumo

As pesquisas em sanidade vegetal e plantas bioativas tecem críticas às pesquisas passadas que se focavam apenas na doença e no parasita sem levar em consideração a própria saúde da planta. Sem perceber, essa nova linha de estudos acaba por incorrer no mesmo erro que critica: na visão reducionista da análise. Estudos revelam que a sanidade vegetal depende do meio no qual a planta está inserida, das relações de cooperação do agroecossistema como um todo, e não da planta isolada em si. Sendo assim, o presente artigo tem como objetivo trazer a perspectiva da sanidade vegetal a partir da sanidade do agroecossistema: seu equilíbrio dinâmico a partir do incremento de biodiversidade gerando o controle biológico. A sanidade do agroecossistema estaria de acordo com as próprias estratégias dos agricultores tradicionais que no decorrer de sua vida aprenderam quais eram as melhores formas de manejo dentro do ecossistema no qual estavam inseridos, gerando, com isso, o processo de coevolução definido por Eduardo Sevilla Guzmán. E o exemplo que trazemos, de manejo do ecossistema, que acreditamos ser o mais complexo e que mais propicia sustentabilidade social e ambiental é o das agroflorestas sucessionais biodiversas.

Biografia do Autor

Renata Rocha Gadelha, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Doutoranda em Desenvolvimento Rural Sustentável pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Mestra em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

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Publicado

2018-07-09

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Artigos