ESTRATÉGIAS DOS AGRICULTORES FAMILIARES MODERNOS COM RACIONALIDADE EM TRANSIÇÃO QUE VIVENCIARAM O PROGRAMA DE EXTENSÃO RURAL DA CRESOL BASER

Autores

  • Dirceu Basso UNILA
  • Nardel Luiz Soares da Silva UNIOESTE
  • Ari de David

Resumo

A pesquisa tem o propósito de compreender as estratégias produtivas e de organização do trabalho adotadas pelos agricultores familiares modernos com racionalidade do tipo “em transição”, que vivenciaram o Programa de Extensão Rural da Cresol Baser no período de dois anos (2015-2017). A racionalidade em transição encontra-se presente na ampla maioria dos agricultores. Portanto, tal fato justifica o empreendimento de ampliar os conhecimentos dessas famílias de agricultores. Para a Cresol Baser, em particular, a importância do estudo justifica-se no sentido de melhor oferecer produtos financeiros e serviços em favor da melhoria da qualidade de vida das famílias e do desenvolvimento rural. O universo social desse estudo foi composto por 56 estabelecimentos de agricultores familiares, das regiões Sudoeste e Centro-Oeste do Paraná. A perspectiva de abordagem do estudo está baseada nos agricultores, num olhar sobre suas condutas e práticas sociais. Para isso valorizou-se os conceitos weberianos de ação social e racionalidade social e o método de tipos ideais. Além de leituras bibliográficas e documentais, valorizou-se o banco de dados construídos pelos profissionais de extensão durante o período de acompanhamento às famílias. Por fim, foram realizadas dez entrevistas semiestruturadas, pelo pesquisador, a partir de uma amostra de agricultores constituída por sorteio. Como parte dos resultados observou-se que entre essas famílias existe uma expressiva diversidade de maneiras de estruturar o sistema produtivo e de organizar o trabalho no meio rural. Observou-se uma tendência declinante dos cultivos de cereais, ao mesmo tempo vem ganhando espaço as estratégias de cultivos de hortifruticultura, além da atividade leiteira, ainda, fortemente presente nessas famílias. A profissionalização, a organização social (cooperativismo), o trabalho não-agrícola e o acesso aos mercados, dentre outros aspectos, se apresentam como desafios e condição para a permanência das famílias no meio rural. O artigo está organizado em quatro partes, incluindo a introdução. O segundo visa apresentar um quadro teórico para fins de análise sobre os atores sociais, a diversidade de racionalidades e o desenvolvimento rural. Em seguida é apresentado os dados da pesquisa dos agricultores situados na experiência da Cresol Baser com o Programa de Extensão Rural. Por fim, as considerações finais.

Biografia do Autor

Dirceu Basso, UNILA

Doutor em Desenvolvimento Rural - UFRGS. Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação do Mestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento da Unila e Professor efetivo do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável da UNIOESTE, sob convênio 02-AC/2016 entre a UNILA e UNIOESTE.

Nardel Luiz Soares da Silva, UNIOESTE

Doutor em Agronomia. Professor do Centro de Ciências Agrárias nos Cursos de Graduação em Agronomia e Zooternica e no Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campos Marechal Candido Rondon.

Ari de David

Especialista em Cooperativismo e Desenvolvimento Rural pela Unioeste. Sócio-Gerente da Empresa David Consultoria Empresarial Ltda.

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Publicado

2019-01-18