O ESTADO COMO FINANCIADOR DO DESENVOLVIMENTO O CASO DO BNDES FINAME
Resumo
O presente texto tem como objetivo central a análise do Finame como um programa público de financiamento de políticas industrias no país, por meio da temática sobre o desenvolvimento no que concerne ao próprio surgimento das teorias do desenvolvimento iniciadas após a Segunda Guerra Mundial, que tornaram o Estado em um agente importante, sendo o principal meio para se buscar e alcançar o desenvolvimento nas economias mais atrasadas. Para isso, a metodologia utilizada foi a de pesquisa bibliográfica acerca do tema sobre o desenvolvimento. Dentro desse contexto, insere-se a criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 1952 no Brasil, para atuar como um agente do Estado financiando o desenvolvimento do país em vários segmentos. Após isso, em 1964 tem-se a criação do Finame, que desde seu início, como um fundo, já tinha o intuito de desenvolver e consolidar o parque industrial do país. Dessa maneira, utilizou-se dados da Finame (agência) com o objetivo de investigar os desembolsos dos financiamentos entre os anos de 2003 até o primeiro semestre de 2019, recorrendo a metodologia de pesquisa documental e em dados oficiais do próprio banco, a fim de inferir qual seria o tipo de industrialização proporcionada pelo programa. Considerando o BNDES como sendo um agente do Estado financiador do desenvolvimento, tem-se a Finame como sendo a principal expressão do banco para desenvolver a indústria brasileira que, no entanto, constata-se neste trabalho uma queda em seus aportes nos últimos anos. Fato este que traz certa cautela ao se tentar afirmar que este programa é, na contemporaneidade, o mais efetivo nesse objetivo – que é o de desenvolver e consolidar a industrialização no Brasil – e, portanto, acaba por deixar um espaço aberto para estudos futuros verificarem sua efetividade no financiamento da industrialização nacional.
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