CELSO FURTADO E O CAMINHO ILUSÓRIO DO DESENVOLVIMENTO

Autores

  • Luiz Carlos Dias UFPR-Universidade Federal do Paraná
  • Clério Plein UNIOESTE-Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Resumo

Face a atual percepção de que a busca por desenvolvimento está justificando a adoção de medidas de crescimento econômico baseadas na exportação de matéria prima e exploração de recursos naturais não renováveis, onde a questão ambiental é colocada como um entrave ao processo, as contribuições de Celso  Furtado nos parecem inteiramente pertinentes. Portanto, é com base nas considerações feitas no livro “O Mito do Desenvolvimento Econômico”, escrito em 1974, que este trabalho procura demonstrar que o desenvolvimento não é simplesmente avançar nos índices de crescimento, requer uma readequação econômica, política e social que privilegie uma melhor distribuição de renda e acesso aos direitos fundamentais das pessoas para que se possa diminuir o fosso das desigualdades. O trabalho inicia destacando que a formação industrial dos países periféricos se deu pela concentração de renda gerada a partir da exportação primária e motivada pelo consumo supérfluo, em seguida discute-se o processo de aceleração industrial brasileiro e no terceiro tópico salienta-se que o desenvolvimento dos países periféricos baseado na cultura dos países centrais é ilusório e tem sido utilizado para legitimar a destruição da cultura e do meio ambiente dos países subdesenvolvidos, por fim, destaca-se que na concepção de Celso Furtado o desenvolvimento deve ser orientado pelas garantias sociais, ambientais e culturais de uma sociedade.

Biografia do Autor

Luiz Carlos Dias, UFPR-Universidade Federal do Paraná

Economista, desenvolvimento rural sustentável

Clério Plein, UNIOESTE-Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Graduado em Economia Doméstica (UNIOESTE). Mestre e Doutor em Desenvolvimento Rural (UFRGS). Professor adjunto da UNIOESTE.

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Publicado

2021-09-16

Edição

Seção

Artigos