PERCEPÇÕES DE AGRICULTORES SOBRE A POLÍTICA ESTADUAL DE RASTREABILIDADE NA CADEIA PRODUTIVA DO AÇAÍ NO ESTADO DO PARÁ

Autores

Palavras-chave:

Políticas Públicas, Análise socioeconômica, Frutas tropicais, Amazônia

Resumo

O artigo avalia as percepções dos produtores de açaí paraenses sobre a política estadual de rastreabilidade, a partir da Guia de Trânsito Vegetal (GTV), estabelecida pela Portaria nº 2.789/2020 da Agência de Defesa Agropecuária do estado do Pará (ADEPARÁ). Foram entrevistados 399 produtores participantes dessa política nos municípios de Abaetetuba, Acará, Cametá, Igarapé-Miri e Oeiras do Pará. O questionário foi composto por questões fechadas, para aferir as percepções dos produtores sobre a política de rastreabilidade por meio da GTV e para apontar as dificuldades enfrentadas na implementação. Os dados foram submetidos à análise fatorial exploratória para estimar o Índice de Percepções dos Produtores de Açaí (IPPA) sobre a política de rastreabilidade por meio da GTV. A partir desse índice foi possível estabelecer uma avaliação quanto ao desempenho dessa política, no período de 2021 a 2023. Também foi efetuada uma análise qualitativa por meio de nuvem de palavras, a partir das opiniões emitidas pelos produtores. Os resultados indicam que, os produtores reconhecem a importância dessa política para o fortalecimento da cadeia produtiva, diversificação dos canais de comercialização e para ampliar a confiança e satisfação dos consumidores. A avaliação geral da política foi positiva, pois 66,92% dos produtores atribuem conceito bom, 24,31% muito bom, mas apenas 5,51% a classificam como excelente. Os produtores apontam como principais dificuldades de adesão a falta de acesso à tecnologia, baixa valorização do produto, desconhecimento das normas, isolamento geográfico, custo elevado e falta de ações de capacitação. Estes resultados devem ser levados em consideração para efeito de aperfeiçoamento dessa política de rastreabilidade, tendo em vista a importância socioeconômica do açaí para a economia agrícola paraense.

 

DOI: 10.5281/zenodo.14774600

Biografia do Autor

Lucionila Pantoja Pimentel, Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará - ADEPARÁ

Engenheira Agrônoma, Mestra em Agronomia, Fiscal Estadual Agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ).

Ana Karen de Mendonça Neves, Agência de Defesa Agropecuário do Estado do Pará - ADEPARÁ

Engenheira Agrônoma, Mestra em Agronomia, Fiscal Estadual Agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ).

Elideth Pacheco Monteiro, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

Doutora em Agronomia pelo Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).

João Paulo Borges de Loureiro, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

Doutor em Agronomia, Professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).

Marcos Antônio Souza dos Santos, Universidade Federal Rural da Amazônia/Professor

Engenheiro Agrônomo, graduado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA, 1997), com especialização em Administração Rural pela Universidade Federal de Lavras (UFLA, 1999), mestrado em Economia pela Universidade da Amazônia (UNAMA, 2002) e doutorado em Ciência Animal - Gestão de Sistemas de Produção Animal - pela Universidade Federal do Pará (UFPA, 2017). Professor do Programa de Pós-graduação em Agronomia da Universidade Federal Rural da Amazônia (PGAGRO-UFRA).

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Publicado

2025-01-30