DISCURSOS E SENSEMAKING EM CONTEXTOS DE MUDANÇA ORGANIZACIONAL
ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO SETOR DE MINERAÇÃO
Palavras-chave:
Mudança organizacional, Sensemaking, DiscursoResumo
Este trabalho tem o objetivo de explorar e entender o papel e a relação do discurso da alta administração com a criação de sentido (sensemaking) da média gerência em um programa de mudança organizacional. A pesquisa buscou esclarecer as relações existentes entre estes dois assuntos e aborda o tema mudança organizacional a partir da percepção da liderança e do impacto no resultado. O método de pesquisa utilizado foi o estudo de caso único de abordagem qualitativa, onde se buscou evidências que explicassem o processo de implementação da mudança. Os achados propõem que uma comunicação direta e fluida, que permeie desde a alta liderança até a base da organização, é a forma de obter maior participação e engajamento dos indivíduos. Os achados também indicam que um tópico que pode impulsionar e levar ao eventual sucesso de um programa de mudança é a participação e o envolvimento efetivo da liderança da organização durante todo o processo de implementação.
Referências
Abu Orabi, T., Abu Alfalayeh, G., Alhyasat, W. B. A. K., Ababne, A., Alkhawaldah, R., & Qteishat, M. (2024) Change management in business organization: A literature review. Human Systems Management, (Preprint), 1-18. https://content.iospress.com/articles/human-systems-management/hsm230031
Alvesson, M., & Sveningsson (2016). Changing organizational culture: cultural change work in progress. (2th ed.).
Bagga, S. K., Gera, S., & Haque, S. N. (2023). The mediating role of organizational culture: Transformational leadership and change management in virtual teams. Asia Pacific Management Review, 28(2), 120-131. https://doi.org/10.1016/j.apmrv.2022.07.003
Balogun, J., & Rouleau, L. (2017). Strategy-as-practice research on middle managers and sensemaking. In Floyd, S. W., & Wooldridge, B. (Eds.). Handbook of Middle Management Strategy Process Research. Northampton: Edward Elgar Publishing. pp. 109-132.
Bateh, J., Castaneda, M. E., & Farah, J.E. (2013). Employee Resistance To Organizational Change. International Journal of Management & Information Systems. Second Quarter. 17(2). https://www.proquest.com/openview/f03337d4335362c9c5e547da7c416ba9/1?pq-origsite=gscholar&cbl=2026885
Bruch, H., & Menges, J. I. (2010). The acceleration trap. Harvard Business Review. 88(4). p.80–86.
Bulgacov, S., & Bulgacov, L. M. (2002). A Construção do Significado nas Organizações. Encontro de Estudos Organizacionais, 2. Anais... Recife: Observatório da Realidade Organizacional: PROPAD/UFPE : ANPAD.
Correa, M. V. P., Rese, N., Sander, J. A., & Ferreira, J. M. (2014). O Papel do Sensemaking nos Processos de Mudança nas Organizações. VII Encontro dos estudos organizacionais da ANPAD. Gramado/RS – 25 a 27 de maio.
Day, L., Balogun, J., & Mayer, M. (2023). Strategic change in a pluralistic context: Change leader sensegiving. Organization Studies, 44(8), 1207-1230. https://doi.org/10.1177/01708406231166815
Eisenhardt, K. (1989). Building Theories from case study research. Academy of Management Review, Ada, Ohio, 14(4), p.532-550.
Gioia, D. A., Thomas, J. B., Clark, S. M., & Chittipeddi, K. (1994). Organization Science.
5(3). pp. 363-383.
Grant, D., Michelson, G., Oswick, C., & Wailes, N. (2005). Discourse and organizational change. Journal of Organizational Change Management. 18(1). pp. 6-15 Emerald Group Publishing Limited 0953-4814. https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/01708406231166815
Kroon, D. P., & Reif, H. (2023). The role of emotions in middle managers’ sensemaking and sensegiving practices during post-merger integration. Group & Organization Management, 48(3), 790-832. https://doi.org/10.1177/10596011211037789
Kotter, J. P. (2012). Accelerate! Harvard Business Review. 90(11), p.44–52.
Minayo, M.C. (2001). Difíceis e possíveis relações entre os métodos quantitativos e qualitativos nos estudos dos problemas de saúde. Rio de Janeiro.
Mintzberg, H., Lampel, J., & Ahlstrand, B. (2000). Safári de Estratégia. Porto Alegre: Bookman.
Montenegro, L. M., & Bulgacov, Y. L. M. (2011). Construção de sentidos em práticas estratégicas: estudo comparativo em duas instituições de ensino superior paranaenses. Revista Brasileira de Estratégia, 4 (1), 23-36.
Moran, J. W, & Brightman, B. K. (2001). Leading organizational change.
Morgan, G., & Sturdy, A. (2000). Além da mudança organizacional: Estrutura, discurso e poder nos serviços financeiros do Reino Unido.
Mumby, D. K. , & Clair R. P. (1997). Organizational discourse. In T. A. Van Dijk (ed.). Discourse as Social Interaction. London: Sage.
Neiva, E. R., & Paz, M.G.T. (2012 jan-mar). Percepção de mudança individual e organizacional: o papel das atitudes, dos valores, do poder e da capacidade organizacional. Revista de Administração, 47(1). FEA-USP. p. 22-37. https://doi.org/10.5700/rausp1023
Palmer, I., & Dunford, & Buchanan, D. A. (2017). Managing Organizational Change: A multiple Perspectives Approach. (3th. ed.). Published by McGraw-Hill Education, Penn Plaza, New York, NY 10121.
Pieterse, J., Caniëls, M., & Homan, T. (2012). Professional discourses and resistance to change. Journal of Organizational Change Management. 25(6). pp. 798 – 818. https://doi.org/10.1108/09534811211280573
Rabelo, R. A. et al. (2012 jan.jun). Gestão do Conhecimento em processos de transformação organizacional: o desenvolvimento da intimidade como fator facilitador. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, 2(1), p. 21-35.
Rebeka, E, & Indradev, R. (2015). A Study on Perception of Employees during Change in an Organization. Doi:10.5901/mjss.6(1). p.72.
Saeed, I., Khan, J., Zada, M., & Zada, S. (2023). Employee sensemaking in organizational change via knowledge management: leadership role as a moderator. Current Psychology, 1-15. https://link.springer.com/article/10.1007/s12144-023-04849-x
Santos, L. B., & Domenico, S. M. R. (2015). A mudança organizacional sob a ótica do discurso: um caso de ensino de uma comunidade de pessoas com e sem deficiências de aprendizado. Revista Adm. UFSM, Santa Maria, 10(1), p. 147-162. https://doi.org/10.5902/19834659
Teece, D. J. (2007). Explicating dynamic capabilities: the nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic Management Journal. John Wiley & Sons, Inc. 28(13), p.1319–1350. https://doi.org/10.1002/smj.640
Thurlow, A., & Mills, J. H. (2009). Change, talk and sensemaking, Journal of Organizational Change Management. 22(5). pp. 459-479. https://doi.org/10.1108/09534810910983442
Todnem, R. (2020). Organizational Change and Leadership: Out of the Quagmire, Journal of Change Management.
Weick, K. E. (1995). Sensemaking nas organizações. Sage publications Ltd.
Weick, K., Sutcliffe, K.M., & Obstfeld, D. (2005). Organização e o processo de construção de sentido. Organization Science, 16 (4), p. 409–421.
Weick, K.E., & Quinn, R. E. (1999). Organizational Change and Development. Annual Review of Psychology, 50, p.361-386. https://doi.org/10.1146/annurev.psych.50.1.361
Yin, R. K. (2015). Estudo de caso: planejamento e métodos. (5a. ed.). Porto Alegre: Bookman.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Ailson Silva Novais, Samir Lótfi Vaz, Marina de Almeida Cruz- Os artigos, resenhas e demais trabalhos publicados na Revista Orbis Latina podem ser copiados, distribuídos, editados, remixados e utilizados desde que citada a fonte, sempre respeitando os limites da legislação sobre os direitos do(s) autor(es).