A DINÂMICA DA TRANSFORMAÇÃO DE FEIRAS LIVRES EM EQUIPAMENTOS DE TURISMO COMUNITÁRIO
O CASO DA FEIRINHA DA JK DE FOZ DO IGUAÇU - PR
Palavras-chave:
Patrimônio Cultural., Turismo e gastronomia, Política pública., Comfort Food, Feiras LivresResumo
Resumo:
O objetivo do artigo é abordar a implicação cultural existente entre o alimento, a comida, as feiras livres e o turismo comunitário e os desdobramentos de como essas práticas alimentares representam o patrimônio cultural de uma localidade. A construção teórica pauta-se na revisão de literatura sobre turismo, gastronomia, feiras livres e na análise documental de legislações relacionadas ao turismo. Trata-se de um estudo de caso analítico-descritivo de natureza qualitativa reflexiva. Argumenta-se que, se as Feiras Livres forem devidamente apropriadas pela população autóctone, podem orientar políticas públicas benéficas para a sociedade, estimular a economia e promover o desenvolvimento sustentável no local. Essas feiras livres, ao serem assistidas devidamente pelo poder público atuam como importantes instrumentos e equipamentos turísticos, fundamentais para fomentar o turismo comunitário. Os resultados apontam que as feiras livres representam a cultura local e regional de um povo, portanto caracteriza se como um importante equipamento para o desenvolvimento do turismo comunitário. Pode-se inferir que as feiras livres permitem a comunhão dos povos por meio do alimento, da comida e da bebida e fortalece as boas práticas de gestão do turismo comunitário.
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