A DINÂMICA DA TRANSFORMAÇÃO DE FEIRAS LIVRES EM EQUIPAMENTOS DE TURISMO COMUNITÁRIO

O CASO DA FEIRINHA DA JK DE FOZ DO IGUAÇU - PR

Autores

Palavras-chave:

Patrimônio Cultural., Turismo e gastronomia, Política pública., Comfort Food, Feiras Livres

Resumo

Resumo:

O objetivo do artigo é abordar a implicação cultural existente entre o alimento, a comida, as feiras livres e o turismo comunitário e os desdobramentos de como essas práticas alimentares representam o patrimônio cultural de uma localidade. A construção teórica pauta-se na revisão de literatura sobre turismo, gastronomia, feiras livres e na análise documental de legislações relacionadas ao turismo. Trata-se de um estudo de caso analítico-descritivo de natureza qualitativa reflexiva. Argumenta-se que, se as Feiras Livres forem devidamente apropriadas pela população autóctone, podem orientar políticas públicas benéficas para a sociedade, estimular a economia e promover o desenvolvimento sustentável no local. Essas feiras livres, ao serem assistidas devidamente pelo poder público atuam como importantes instrumentos e equipamentos turísticos, fundamentais para fomentar o turismo comunitário. Os resultados apontam que as feiras livres representam a cultura local e regional de um povo, portanto caracteriza se como um importante equipamento para o desenvolvimento do turismo comunitário. Pode-se inferir que as feiras livres permitem a comunhão dos povos por meio do alimento, da comida e da bebida e fortalece as boas práticas de gestão do turismo comunitário.

DOI: 10.5281/zenodo.17215706

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elisa Angela Dal Moro de Medeiros, Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Graduanda

Graduanda do Curso de Turismo do CCSA da UNIOESTE, campus de Foz do Iguaçu - PR. Bacharel em Sistemas de Informação pela Universidade Paulista (2006). Tecnóloga em Gastronomia pela FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) São Paulo - SP (2009). Possui extensão em Gastronomia Hospitalar pelo Instituto de Educação e Ciências do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (2010). Pós-graduada em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - UDC (2012).

Daniel Ribeiro do Vale de Medeiros, Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Graduando

Graduando do Curso de Turismo do CCSA da UNIOESTE, campus de Foz do Iguaçu - PR. Graduado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Paulista (2005). Pós-graduado em Influência Digital pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC - RS, 2021). Possui extensão em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV, 2012) e em Marketing Turístico pelo Senac (2024).

Hayrton Francis Ximenes de Andrade, Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Professor

Professor Assistente do CCSA da UNIOESTE, campus de Foz do Iguaçu - PR. Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catariana (UFSC).

Amarildo Jorge da Silva, Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Professor

Professor Aposentado do CCSA da UNIOESTE, campus de Foz do Iguaçu - PR. Doutor e Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC. Docente de Administração. Membro Externo do GEOS.

Referências

BELUZZO, R. A. Valorização da Cozinha Regional. In: 1º Congresso Brasileiro de Gastronomia e Segurança Alimentar, Brasília - DF. Coletânea de palestras. Brasília, 2004.

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Art. 180.

BRASIL. Lei nº 11.771, de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo.

BRASIL. Lei nº 14.978, de 5 de julho de 2024. Regulamenta o turismo comunitário.

BRASIL. Lei nº 5.405, de 2 de maio de 2024. Diário Oficial da União, 2024.

BRASIL. Ministério do Turismo. Turismo comunitário e inclusão econômica. Brasília, 2022.

BRASIL DE FATO RJ. Saiba mais sobre a Feira de São Cristóvão, principal reduto da cultura nordestina no Rio. Rio de Janeiro, 2023. Disponível em: https://www.brasildefatorj.com.br. Acesso em: 15 abr. 2025.

BOHM, D. A totalidade e a ordem implicada. Tradução Mauro de Campos Silva. Revisão Técnica: Newton Roberval Eichenberg. São Paulo: Cultrix, 2009.

CARVALHO, M. C.; LUZ, M. T. Simbolismo sobre “natural” na alimentação. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, n. 1, pp. 147-154, 2011.

CASCUDO, L.C. História da Alimentação no Brasil. São Paulo: Global, 2004.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CRIPPA, Adolpho. Mito e Cultura. São Paulo: Convívio, 1975.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a filosofia. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2001.

FISCHLER, Claude. O (h)omnívoro: o gosto, a cozinha e o corpo. São Paulo: Edusp, 1998.

FOZ DO IGUAÇU. Lei Municipal nº 3.427/2008.

FOZ DO IGUAÇU. Lei Municipal nº 5.405/2024.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo de 2010. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?uf=41&dados=0, Acesso em: 25 de abril de 2025.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL – IPHAN. Patrimônio imaterial das feiras populares brasileiras. Brasília: IPHAN, 2024. Disponível em: https://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 15 abr. 2025.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. 2. ed. São Paulo: Martins Fonte, 1999.

MATURANA, Humberto; REZEPKA, Sima Nisis de. Formação humana e capacitação. Human development and training. Petrópolis, RJ: Vozes, 4 ed; 2003.

MATURANA, H. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.

MATURANA, H. Seres humanos individuais e fenômenos sociais humanos. In: MATURANA, R. Humberto. A ontologia da realidade. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1997.

MENDES, Jéssica Aparecida. Feiras livres e turismo cultural no Brasil: entre o popular e o patrimônio. Revista Brasileira de Estudos do Lazer, v. 10, n. 2, p. 45-63, 2021.

MONTANARI, Massimo. Comida como cultura. São Paulo: Senac, 2013.

MULTIRIO. Feira Hippie de Ipanema: um patrimônio do Rio. Rio de Janeiro, 2024. Disponível em: https://www.multirio.rj.gov.br. Acesso em: 15 abr. 2025.

PAIVA, Carlos Águedo. Plano de Desenvolvimento Econômico de Foz do Iguaçu. Foz do Iguaçu, PR. 2014.

PARANÁ. Lei Estadual nº 15.973/2008.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. História da Feira da Liberdade. São Paulo, 2024. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br. Acesso em: 15 abr. 2025.

SAMPAIO, Carlos Alberto Cioce. Turismo como fenômeno humano. Santa Cruz do Sul: UDUNISC, 2005.

SAMPAIO, Carlos Alberto Cioce. Pensando o conceito de turismo comunitário. V Seminário da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo. Belo Horizonte, MG, 2008.

SANTOS, Fabiano. Feiras culturais e identidades urbanas nas capitais brasileiras. Cadernos de Antropologia e Imagem, v. 32, n. 1, p. 88-107, 2020.

TRIVINÕS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

TUAN, Yi-Fu. Espaço e Lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: DIFEL, 1983.

TUAN, Yi-Fu. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: DIFEL, 1980.

VAN MANEN, M. Researching lived experience: human science for an action sensitive pedagogy. New York: State of New York Press, 1990.

VIOLANTE; A. C.; DASILVA, A. J. Turistas e Ilhéus: a difícil convivência de diferentes grupos sociais. Congresso Internacional de Administração. Anais de 2009. Disponível em: admpg.com.br. Acesso em: 15.01.2025.

YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

WIKIPEDIA https://pt.wikipedia.org›wiki›Comfort_food.

Publicado

2025-09-27