UNIÃO CONSENSUAL NO ESTADO DE SÃO PAULO EM 2010

UMA ANÁLISE BIVARIADA

Autores

Palavras-chave:

Censo. Escolaridade. Casamento. Coabitação.

Resumo

Este artigo tem como objetivo principal a análise e explicação da formação de uniões consensuais no estado de São Paulo no ano de 2010, adotando uma perspectiva sociodemográfica. O estudo visa investigar a magnitude da relação entre variáveis demográficas selecionadas, como gênero, idade, raça/cor, nível educacional, renda e religião, e a prevalência de uniões consensuais. Para tanto, os microdados do Censo Demográfico de 2010, fornecidos pelo IBGE são a principal fonte de informações. A pesquisa parte da hipótese de que indivíduos com certas características sociodemográficas são mais propensos a escolher uniões consensuais em vez de outras formas de união. Os resultados, obtidos através de análises descritivas e bivariadas, revelam que o perfil dos indivíduos em uniões consensuais está alinhado com as evidências relatadas na literatura existente.

DOI: 10.5281/zenodo.17215874

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Biografia do Autor

José Alderir Silva, Universidade Federal Rural do Semi Árido/Professor

Doutorado em Economia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - (2021). Mestre em Economia pela (UFRN) - (2014). Graduado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - (2011). Professor na Universidade Federal Rural do Semi Árido - UFERSA, lotado no Departamento de Engenharias. Doutorando em Demografia - (UFRN).

Ricardo Monteiro de Carvalho, Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Mestrando

Mestrando em Demografia pelo Programa de Pós-Graduação em Demografia (PPGDEM) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Regional do Cariri (URCA). Pesquisador do Observatório das Migrações no Estado do Ceará (OMEC/URCA) e do Laboratório de Estudos de Mobilidade Populacional Nordestina (LEMON/PPGDEM/UFRN). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 

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Publicado

2025-09-27