Um olhar decolonial sobre a Tempestade, de William Shakespeare
Abstract
Nosso ensaio analisa a peça A Tempestade, de William Shakespeare, sob a ótica das experiências históricas, sociais, estéticas e políticas do Sul, defendendo a possibilidade de uma leitura decolonial, a partir do diálogo com os autores do chamado grupo Modernidade/Colonialidade, constituído no final dos anos 1990 na América Latina. Os elementos que possibilitam uma abordagem decolonial da peça dizem respeito à noção de colonialidade. No ensaio, abordaremos a colonialidade do poder e do ser, buscando articulá-las com uma leitura da peça que compreende a categoria racial e os saberes produzidos como fator de distinção entre as personagens e que, considerando o contexto shakespereano, pensamos se tratar de uma crítica do autor ao empreendimento colonial europeu e toda violência decorrida deste processoReferences
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