"Jacarandá”, o “endiabrado preto”: Considerações a respeito do (in)disciplinamento de corpos negros nas páginas do Correio da Manhã.

Autores/as

  • Isadora Luiza Francisca Flores Mestranda no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos (PPG-IELA) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)

Resumen

Rio de Janeiro, virada do século XIX para o XX: pouco mais de dez anos após o fim do Império, a então capital de um regime republicano, se via palco de tensões e contradições sociais que se materializavam nos corpos e se acirravam em meio a um exponencial aumento populacional. Diante desse quadro, e entendendo que os esforços institucionais pela ordem e pelo disciplinamento dos sujeitos, historicamente, incidiram de forma distinta entre diferentes grupos sociais (QUIJANO,2005; FANON,1968) o presente trabalho “Jacaranda”, o “endiabrado preto”: Considerações a respeito do (in)disciplinamento de corpos negros nas páginas do Correio da Manhã ” toma como ponto de partida a análise de algumas das narrativas de transgressão, protagonizadas por corpos racializados e publicadas entre 1901-1902 no consagrado periódico Correio da Manhã. Oriundo da pesquisa “Fait divers: Narrativas de Transgressão, Crime e Poder no Rio de Janeiro das primeiras décadas do Século XX” em andamento no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos Latino Americanos da UNILA, o presente trabalho tem enquanto objetivo inferir a respeito de algumas dos artifícios narrativos utilizados por jornalistas do início do século XX para plasmar representações a respeito de indivíduos negros transgressores, permitindo-nos assim, o acesso à algumas das lógicas que orientavam padrões normativos do período no que diz respeito à porção racializada da população.

 

 

 

Publicado

2018-01-23