Tradução social, entextualização da/na/com a américa latina: Alteridade, alienação e colonialidade

Autores/as

  • Juan Alberto Castro Chacón UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
  • Ludmila Pereira de Almeida UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Resumen

Desde o nativo tallán Felipillo e a asteca Malinche, até as missões jesuíticas do séc. XVI-XVII, questões como a tradução e a interpretação, entre europeus e ameríndios, têm gerado novas práticas socioculturais na América Latina, algumas carregadas de intencionalidade, outras simplesmente mal interpretadas (ROJAS, 1980). Assim, as políticas que foram adotadas para o diálogo entre ambas as culturas se elaboraram, quase sempre, projetadas ao monólogo por parte do colonizador, quem viu na tradução a principal arma de dominação dos povos indígenas e negros. Séculos mais tarde, somos testemunhas e, nalguns casos, sujeitos passivos, do resultado da tradução da alteridade e da cosmovisão trabalhadas eficientemente a partir da episteme autorizada e de uma civilização padrão-normativa eurocentrada (monocultura), inclusive com visões apocalípticas do mundo levadas à sétima arte, o cinema. Nesse caso, falamos da ausência da outra parte, dos corpos e espaços colonizados pelo projeto colonial (MIGNOLO, 2003) que esquematiza formas de vida válidas e as que “devem” ser subalternizadas (SPIVAK, 2014), apagadas/silenciadas das entextualizações (SIGNORINI, 2008) narrativas oficiais (SANTOS, 2002). Por tal motivo, nosso trabalho consiste em discutir o problema da alienação social como resultado da tradução de uma monoprática e monosaber culturais (QUIJANO, 2014) e, desse ponto, observar como surgem os conflitos sociais na América Latina. Para a realização de nossa pesquisa, analisamos os estudos sociais apresentados no texto Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências de Boaventura de Sousa Santos (2002) que, consideramos, enfatiza os problemas da tradução social nos dias de hoje.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

FREITAS, Henrique. O arco e a arkhé. Ensaios sobre literatura e cultura. Salvador: OGUMS Toques Negros, 2016.

LANDER, Edgardo. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Tradução Carlos Walter Porto-Gonçalves. Buenos Aires: CLACSO, 2005.

MIGNOLO, Walter. Histórias locais/projetos globais. Colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Tradução Solange Ribeiro de Oliveira. Belo Horizonte: UFMG, 2003.

MOCTEZUMA, Eduardo, ¿Fue traidora la Malinche? Revista Arqueología Mexicana, nº115, pp. 88-89.

NAVARRETE, Julio. América Latina, modernidad y conocimiento. El desarrollo de otro discurso epistémico. Lima: Fondo Editorial UNMSM, 2016.

QUIJANO, Aníbal. Des/colonialidad y bien vivir. Un nuevo debate en América Latina. Lima: Editorial Universitaria Ricardo Palma, 2014.

ROJAS, I. La expansión del Quechua. Lima: Ediciones Signo, 1980.

SOUSA SANTOS, Boaventura. Por uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. In: Revista crítica de Ciências Sociais, nº 63, 2002. Disponível em: <http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/pdfs/Sociologia_das_ausencias_RCCS63.PDF>.

SIGNORINI, Inês. Metapragmáticas da língua em uso: unidades e níveis de análise. In:

________. (Org.). Situar a linguagem. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.p. 117-148. SPIVAK, Gayatri. ¿Puede hablar el sujeto subalterno? Traducido por José Amícola. Orbius Tertius, 3 (6), 175-235. En Memoria Académica. Disponível em <http://www.fuentesmemoria.fahce.unlp.edu.ar/art_revistas/pr.2732/pr.2732.pdf>.

TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. Tradução Beatriz Perrone-Moisés. 3ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

Publicado

2018-01-23