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Ed. N 23 / maio de 2020
n. 23 (2020)Esta edição vem sendo construída desde 2019 e em 2020 lança a sua publicação em plena comemoração dos 10 anos da Universidade Federal da integração Latino-Americana. Praticamente contemporâneas, Peabiru e Unila, celebram uma década de re(existência) e caminham equilibrando-se diante da atual conjuntura que ao tentar suprimir os processos de emancipação pela educação e pela cultura, torna ainda mais urgente a missão intercultural e solidária da integração dos povos latino-americanos assumida por ambas, revista e universidade.
Ao longo de 10 anos a Peabiru ecoou em suas páginas a missão da Unila e a centralidade da cultura latino-americana para integrar solidariamente a região. Por elas já passaram diversas autorias que refletiram a necessidade de narrar as culturas latino-americanas desde abajo, valorizando sobretudo, as memórias e territórios populares. Historicamente, a cultura e a arte são esferas que constituem um dos principais campos de domínio colonial da América Latina, uma exploração simbólica e subjetiva que obstrui de modo concreto as raízes das nossas identidades. E que se renova a cada ciclo de imposição e perpetuação das velhas estruturas de desigualdade na região. Portanto, a necessidade de abrir espaços, e construir narrativas ao alcance das mãos e vozes dos povos latino-americanos é constante e, sempre urgente.
Em meio a um cenário de pandemia viral que chega com toda força e poder de destruição do COVID-19 na América Latina, que se agrava muito mais pelo quadro de desigualdade social e econômica do que pelo contágio, a arte e a cultura são postas em evidência, tanto na linha de frente do desmonte, como da resistência, e somam-se a outras áreas na nossa chaga de crises políticas, sociais, econômicas e...ambientais!.
Nesse cenário de devastação, as narrativas anticoloniais dizem sobre outras culturas que moldam as formas de ser e estar no planeta, e que destoam do pensamento cartesiano que afasta homem e natureza e que fundamenta os atuais modos de exploração. Esses saberesanticoloniais nos ensinam que um outro tipo de relação com a terra não só é possível como se faz cada vez mais necessário para nossa sobrevivência. Em tempos de coronavírus, é urgente que nos reinventemos como sociedade, olhar para os saberes das comunidades onde natureza, a cultura e a arte são reconhecidas como um bem comum.
Nesse sentido de reconhecer as expressões e modos de vida que não se apagam e resistem ao sistema estrutural de exploração, que nesta edição n. 23, abrimos espaço para a nossa pluralidade desde uma mirada local e que tece narrativas desde a margem, para inscrever de modo também particular a nossa cultura tri-fronteiriça.
Mapeamos nas páginas a seguir a colaboração de diferentes autorias, em sua maioria locais, mas também de outros países latino-americanos e caribenhos, fortalecendo o vínculo dessas realidades com a fronteira trinacional e a pluralidade das culturas latino-americanas. Apresentamos inicialmente a temática cultural e territorial de Foz do Iguaçu em diferentes linguagens: na música Geração Motim(Tarcísio Queiroga), Texto Etnográfico Avenida Brasil (Wall Assis), no manifesto Teatro para Foz(Kjesed Faundes), no texto Narrativas em disputa: A memória local da elite iguaçuense(Eduardo Gonçalves), e no texto Essa é pra quem diz que a Itaipu só produz energia!, que relata um perfomance realizado na usina hidrelétrica (Richard Campos).
As páginas dessa edição reúnem ainda uma abordagem política da fotografia caribenha na matéria Hay un rostro negro en el mundo, de Eliana Del Rosario, e do território pernambucano com o ensaio Carnaval Ruralde Fran Rebelatto, e no ensaio Com quantos cidadãos se faz uma Cidade?De Keissy Carvelli. E ainda no Proyecto de fotografía Documental Indígenas en situación de cárceldo fotojornalista paraguaio Amadeo Velázquez. Como parte do mosaico visual, outros nomes da fotografia compõem essas páginas e dialogam com texto de outras autorias, como Luciana GB, Naya Soares, Maicon Rugeri e Virgínia Westin. Nas ilustrações dos textos reunimos artistas como Cleise Vidal, Nicolás Alfaro, Indi Valente e os quadrinhos Las Hojitas de Coca, de Vitória Misae. E por fim, nas artes visuais trazemos a ancestralidade presente na obra da artista paraense Moara Brasil, na capa e contracapa desta edição.
Com resgate de culturas tradicionais, temos o texto e as ilustrações Romper Fronteras, Tecer Histórias(Natália Rezende), a composição Pindorama!(Rynnard Milton), o texto IYÁ / IYÁBÁS: afro-brasileiras - Ode a Odé Kaiyodé, Mãe Estela de Oxóssi (Maurício Santos), e o conto A Indiazinha Chapeuzinho Verde (Elisane Kaiser). Ainda na pauta da memória cultural, temos a fotografia e o texto produzido a partir de uma aldeia indígena local, Corporalidades de uma América Explorada(Elson André), e o resgate da história gestora cultural revolucionária cubana Haydée SantaMaria, escrita por uma das produtoras da Casa de las Américas, de Havana, Ana Níria Alba. Ainda nesta edição o texto Representações da Mulher na Pré-Históriade Brena Barros, e Lélia González - La Categoria Politicocultural de Amefricanidad y el Feminismo Afrolatinoamericanode Lívia Brito. À estas três últimas contribuições mencionadas, de viés feministas, soma-se o textoEpistemologia Ruminantede Lucrécia Maisson.
Todas as matérias surgem nesta ed. 23 como expressões fortes e singulares que ilustram a liberdade e ancestralidades dos corpos, dos territórios, dos setores populares, dos povos originários e dos modos de ver e traduzir o mundo, e que parecem perdurar, mesmo quando a correlação desigual de forças tenta desapropriar essas manifestações de suas próprias memórias. Ainda assim, essas manifestações tradicionais e contemporâneas seguem cultivando e reinventando o eixo da interculturalidade que nos torna Latino-Americanos e indica caminhos para nos reconstruírmos enquanto sociedade.
>>>>>>>>> Você não sente, não vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança, em breve, vai acontecer
E o que algum tempo era novo, jovem, hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer!
Belchior
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Ed. N 22 - Junho de 2018
n. 22 (2018)Nossos passos começaram lá em 2011, com a criação de um projeto de extensão que passou a ser desenvolvido na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e agora completa sete anos de existência. O objetivo inicial da Peabiru era divulgar a interculturalidade que víamos brotar cotidianamente nos corredores de uma universidade com missão internacional e integracionista, como a UNILA. Mas à medida que caminhávamos, nossos passos nos levavam à profundidade da cultura latino-americana e fronteiriça. No processo de produção da revista multimídia, colaborativa e intercultural, aprendemos muito mais sobre nossa cultura do que pretendíamos transmitir. As capas, as páginas, os editoriais ao longo dos anos são provas dessa profundidade e reconhecimento. A cultura, que inicialmente circulou na revista como manifestação e expressividade artística, em pouco tempo lançou-se a uma corrente muito mais antropológica, histórica e sociológica, firmando-se pela identidade de um povo e como um espaço de luta e estratégia para resistir.
A partir dos avanços das edições, também encontrávamos o lugar-comum sobre a nossa cultura latino-americana, o seu ponto de convergência: a resistência. Um saber que ilustra a capa e a contracapa desta edição, com o grafite de duas mulheres latino-americanas e com a frase “Nuestra cultura es resistencia” – trabalho este que foi trazido até nós pela artista peruana Mônica Miros, durante a nossa participação no evento Casa Tomada, na Casa das Américas, em Cuba. Essa capa ilustra o eixo de nosso processo produtivo, a colaboração, as múltiplas autorias que desenharam nosso escopo editorial a cada edição; e delas surgiram matérias, imagens, ilustrações sobre tradições, costumes, linguagens, arte, modos de vida de povos indígenas, de mulheres, de comunidades étnico-raciais diversas. Foram pessoas da Universidade, da comunidade da fronteira, do Brasil inteiro e de vários países da América Latina que ocuparam a revista como um espaço de visibilidade.
Em 2018, infelizmente, o projeto chega ao fim. As integrantes da equipe seguirão seus caminhos em novas jornadas, levando consigo toda a vivência e as referências proporcionadas pelos anos construindo a Peabiru. As matérias que irão encontrar aqui neste último editorial da Peabiru demonstram um pouco de tudo o que fomos e o que descobrimos em nosso deslocamento pela cultura latino-americana. E trarão um pouco de nossa participação no evento Casa Tomada, realizado em Havana, no espaço Casa das Américas.. Os textos trazem um pouco do encontro dessa equipe com a ilha Cubana e o imaginário de tantos outros jovens criadores de cultura latino-americanos que circularam por lá, junto com os ventos de setembro de 2017. Uma boa caminhada a todos e…
>>>> DESOLOQUEM-SE!
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Ed. N 21 - Setembro de 2017
n. 21 (2017)Cada nova edição da Peabiru é materializada através da construção de uma teia narrativa que nasce da colaboração de autorias diversas e de uma linguagem hibridamente composta. Assim, mais um novo número editorial é tecido por muitos olhares e reete um mosaico de interpretações e modos de dizer a cultura latino-americana. Desse entrelaçamento surge a narrativa que acolhe os textos, as imagens e as ilustrações que fazem convergir o pensamento coletivo e criativo em sua variedade. Assim, pauta-se o nosso sentido de cultura latino-americana desde muitos lugares de fala e de lugares também geográcos, além de lugares sociais que fazem menção ao território como espaço e como simbólico. Por isso que a Peabiru, mais que uma revista, é uma experiência que busca abordar o máximo de leituras de mundo que suas páginas possam comportar. E, para dar visibilidade a essa narrativa composta por múltiplas vozes, nenhuma edição tem um tema previamente denido. O norte temático surge da manifestação coletiva captada pela curadoria. Os trabalhos recebidos são articulados pela sensibilidade que emana do contexto, os pontos em comum entre conteúdos diversos são visíveis, e a temática em cada edição é materializada pela ação colaborativa. Neste número, a resistência ecoa em cada uma das páginas, ora nos traços, ora nas palavras. Resistir parece ser o único eixo e a possibilidade para muitas existências, seja a de um corpo, ou a de uma instituição, e de tudo aquilo que se faz contrário à norma, à hegemonia do status operante de um sistema social desigual. Em épocas de ataques que visam manter e ampliar os grandes privilégios de pequenos grupos portadores das oportunidades do capital, faz-se necessário, em qualquer muro, plateia ou página, ecoar que resistimos, como latinoamericanos e como criadores de nossa própria história. Por isso que dialogam aqui os textos e as imagens sobre o corpo dissidente, a andar na contramão da padronização imposta nas ruas, nos outdoors, nas estampas das revistas. Temos também a comunidade universitária que se organiza e resiste frente ao desmonte das instituições de ensino superior. Um desmonte que vai além da estrutura e ataca a nalidade institucional, o seu norte pedagógico. E, no caso da UNILA, a cultura é central nessa luta, é o campo que está em disputa. Outros textos trarão, ainda, abordagens sobre a cultura que resiste, por meio da troca de saberes, da culinária e da tradição que se propaga. Ou, ainda, através das mulheres do campo em marcha por direitos. Siga essas histórias e caminhe ao lado de nossos muitos olhares que apontam para um único lugar: a resistência! -
Ed. N 20 - Fevereiro de 2017
n. 20 (2017)Em busca de atravessar novas fronteiras e romper as distâncias entre o digital e o impresso, a Peabiru lança mais uma edição para estar ao alcance das mãos e da memória. São travessias em busca do contato visual, da reflexão e dos sentidos que o folhear de uma revista impressa e digital pode provocar. Por isso, acreditamos na forma que converge e que faz emergir e ampliar nossas referências de mundo, sempre sob um ponto de vista latino-americano e descolonizador. Sobre o qual nos aprofundamos a cada edição. Ao longo dos sete anos de missão integracionista da UNILA, consolidamos a Peabiru como a revista cultural da Universidade e também como um espaço democrático para ecoar diversas autorias, conformadas nas inquietudes da cultura regional. Tornando visível a produção de textos, imagens e miradas de estudantes, professores e representantes da comunidade daqui e de acolá. Construímos as páginas da revista para serem telas visíveis da interculturalidade, dando ênfase para o entrelaçamento cultural de nuestra América Latina, com as peculiaridades da fronteira trinacional. Pensando nisso, elencamos uma série de autorias e materiais para indagar nosso olhar e nos posicionar diante das estruturas, dos simbolismos e das representações que tecem aquilo que somos e reproduzimos para o mundo. Nos textos desta edição, repensamos a “Cultura na fronteira” e a busca por novos espaços, movidas e expressões locais. Nos deparamos com uma abordagem crítica sobre os supostos mistérios das construções antigas, em “Lineas en la arena", sobre Nazca no Peru. “UNILA pela diversidade linguística” traz o bilinguismo na Universidade e as suas vertentes como tema. Debatemos a construção social sobre o uso da hoja de coca na Bolívia, em “O mundo contra uma planta milenar”. Resgatamos as demarcações territoriais e o deslocamento guarani, no texto “Das terras sem males aos males sem terras”. Nestas páginas, também há o tecer da cultura paraguaia com o tear do “Ñanduti Fronterizo”. E outras fronteiras são problematizadas, como o deslocamento de imigrantes mexicanos em Tijuana, em: “Aquí es donde rebotan los sueños: fronteira entre México e Estados Unidos”. Além disso, se faz presente a raiz musical com “Alabê Ôni: Quando soam os tambores, quando o corpo é reza”. Já no texto “A Ilha do Brasil: Um ensaio sobre a latinidade brasileira” tratamos do pertencimento do Brasil à identidade latino-americana. Porém, a cultura que contribui para a evolução do ser humano também pode ser repressora, conforme relata o estudo “A cultura do estupro e o patriarcado violador".
Descolonize-se e Integre-se!
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Ed. N 19 - Novembro de 2016
n. 19 (2016)Para lançar a edição online de 2016 desviamos um pouco do tempo, nos tardamos neste intervalo retido em um ciclo de meses, sobre isso, caros leitores, nos desculpamos. Mas saibam que foi necessário desacelerar. Foi preciso repensar anos de processo e repensar nosso volume de memórias. Para compreender o que é ser e comunicar-se como revista.
Quais as linguagens, os formatos que nos costuram como um espaço para a cultura, desde a América Latina, desde nosso ponto de vista fronteiriço. Desacelerar foi necessário para reorganizar. Buscamos novos meios de publicação e de compartilhamento do nosso acervo de afetos e memórias visuais e dissertativas que estamos planteando desde meados de 2011. Para isso, criamos o site. Nele, você encontra todos os conteúdos, edições anteriores, notícias compartilhadas, nuestros ejes temáticos e como publicar com nosotros. É só adentrar e ver! Seguimos no formato das edições online, mas agora a compilação de matérias se dá conforme a circuncisão do tempo; a cada bloco de publicações disponibilizadas ordinariamente no site, fechamos nossa edição online, cuja linha editorial é o tempo e o contexto histórico de cada conteúdo. Não se trata de juntar temas aleatórios, mas de observar como os contextos e os fluxos das informações nos aproximam e firmam um diálogo entre autores, formando uma narrativa diversa, mas convergente. E, nesta edição de número 19, notamos que a cultura e as suas interfaces foram o ponto central das matérias. Como o texto que trouxe para a luz desta discussão a perspectiva da fronteira; outro que abordou a cultura e a construção de identidades no âmbito de uma universidade; também a cultura como campo de atuação e a necessidade das trocas de experiências, como é o texto que relata o caso da rede da BP3. Temos, ainda, o artigo sobre a cultura como luta por las calles do México ou ainda como forma e olhar residual sobre um universo à margem, como veremos no texto sobre o documentário “Catadoras”.
E, por fim, a cultura como instrumento, como som e ritmo nos tambores de Alabê Ôni. Todos esses temas estão aqui, nestas páginas que seguem. E significam que, como revista, estamos além das páginas; somos memórias, somos afetos. É por isso que concluímos este editorial fazendo uma pausa para eternizar nossos sentimentos por ter compartilhado um trecho de vida e do fazer da revista e os ideais de América Latina com o Danto, o Vicente Giardina, companheiro de equipe que neste ano partiu, mas que deixa em nós um largo sorriso e uma profunda saudade.
FOLHA
Caminhou no Rio como um homem destemido
altivo e determinado
percorreu seu caminho
Desaguado em sonho e sem medo
Pó tripulante de um barco sem sentido
Jogou-se ao infinito
Vai a folha...
Ficam em nós seus sonhos,
seu sorriso e grata simpatia dos grandes
Danto presente, agora e sempre!
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Ed. N 18 - Dezembro de 2015
n. 18 (2015)Dezembro. 2015. Eis que se fecha outro ciclo, ou a la Caetano, ou não! O caminho segue hasta o fim, ou nos embolamos no começo?
Pouco importa. Certa é nossa arena de embatem reconhecendo a cultura como campo de luta, resistência, abrigo e integração. As páginas virtuais são lugar de ampliação das representações e das identidades por onde ecoam, gritam e escorrem vozes, imaginários e reflexões! Seguiremos escarancando a diversidade e batendo o pé pela comunicação como direito de todos! Queremos pintar revista, internet e UNILA de povo, desses povos tão misturados e únicos dessa América Latina. A Peabiru deu, dá e dará luz a caminhos por onde passam as lutas e reivindicações das gentes índias, negras, campesinas, e de todas colores, tão fortes e singulares; na luta por libertar os corpos e as mentes, salvaguardando os corações, cultivando um espírito integracionisya e latino-americano, tão urgente.
O ser "Unileiro" nos enche de orgulho e preenche as folhas da Peabiru, com suas belezas, festas, rebeldias e ousadias... Faz com que saía do armário os preconceitos tão íntimos e tão secretos desta cidade cosmopolita. É possível explicar as desconfianças senão pelo medo ancestral do outro?
Estigmas dos vencedores pairam também sobre a Bolívia e região andina por conta de um de seus elementos mais sagrados, a folha de coca. Relato presente no Museo da Coca, em La Paz, expõe a origem do preconceito e da guerra mundial contra a folha, amplamente usada em todo mundo.
A Lucha Libre mexicana e seu mistério trazem à tona histórias irresistíveis... esta peculiaridade mexicana tem muito a oferecer a quem queira descobrir. E tentamos entender um pouquinho sua essência. E as almas vendidas pela exploração mineral (ela de novo) em Mariana, em Minas Gerais? Quanto Valem?
Viajando pelas areias peruanas, paramos nas misteriosas Pampas de Jumana. De retas a aranhas, desenhos lindos e detalhados cobrem a extensão de seu solo. Há como saber de onde vieram?
Quantos segredos as rodeiam? Quantos segredos nos rodeiam? Quanto de segredos e mistérios somos? Quanto valemos?
Des venda-te
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Ed. N 17 - Julho de 2015
n. 17 (2015)Tal qual os ventos de julho, a nova edição pulveriza a força das culturas em luta e escoa por suas páginas outras vozes e olhares. São as Américas Latinas, múltiplas também pelas vistas das telas da rede de televisões públicas e culturais latino-americana, a TAL. Assim como as chuvas que trazem o inverno, a edição N° 17 vem para desintegrar convicções e semear outros tempos, abrindo passagem à reflexão. Ela marcha pela liberdade junto das mulheres originárias nas ruas da capital portenha, reconhecendo em suas bandeiras as cores e filosofias de suas existências, como o Buen Vivir que luta pela convivência harmônica entre os povos tradicionais no mundo globalizado. Nas mesmas ruas, a edição cruza com outras mulheres, também em marcha, mas pelo fim do feminicídio e do silêncio de suas irmãs. Ni Una a Menos, ecoam as vozes delas. E por aqui, pelas cidades brasileiras também elas se colocam em marcha, e comemoram o dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, questão essa a interrogar para além dos territórios nacionais. Ainda por essas páginas, a revista traça tecer da cultura paraguaia, testemunho do Ñanduti, bordado nas mãos vividas de gerações e sentimentos, que desenrola-se no contar de uma lenda ou de uma história. Ah, as histórias... essas que quando narradas desde fronteiras e vigílias parecem sonar muito mais fortes e impactantes. Como os passos da travessias que carregam os sonhos rebatidos no muro entre Tijuana, no México, e San Diego, nos Estados Unidos. Ainda que sejam relatos do deserto, também povoam as páginas da Peabiru de julho. Entre você também por essas teias, marchas e telas e...
...Teciture-se
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Ed. N 16 - Abril de 215
n. 16 (2015)Cá en la frontera e lá en los montes os braços estão prontos para o abrazo. Neste momento triste e sublime da perda corpórea de Eduardo Galeano, ficam no ar a frases ditas e aquelas a ele impostas; torna-se sólido o direito ao delírio e ao sonho; lembra-se e evoca-se a história dxs vencidxs, dxs pobres, dxs latinxs e dxs loucxs — pelo menos uma vez! Galeano, como poucos, foi leve levissimo, com a dureza dos fatos e com a crueldade dos homens.
E é com esta çleveza, e de bicicleta, que seguimos nesta edição, na movida dos pedais em Foz e em Medellín, na Colômbia. Na bagagem do peitos e dos ohlares, histórias que beiram o sur-real de indígenas que foram retirados à força de suas terras. E imagens belas, belíssimas, que poderiam ser de um passado distante, mas que são mais presentes que nunca.
Por esse rumo, seguimos em meio ao trânsito das gentes, com uma pausa em Arequipa para conhecer Flora Tristán, incrível socialista e feminista francesa-peruana dos idos de 1800.
Segue você também pela América Latina em que acreditas...
...Utopie-se
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Ed. N 15 - Fevereiro de 2015
n. 15 (2015)Por mais clichê, entusiasta ou descrédito que possa ser o ano novo, ou pelo menos o início dele, é um tempo de transformação e renovação. Talvez não aquela mudança pregada por calendários, crendices ou alinhamento dos planetas, mas o despertar para que a vida encha-se de novidades através do nosso próprio movimento e vontade.
E é com essa visada que damos a nossa partida e publicamos a primeira edição de 2015. Repaginada com textos e imagens inquietas sobre as liberdades individuais e o processo de colonização do corpo na nossa A.L. Escrituras também empoderadas pelos turbantes feitos de panos e de consciência: a negra. Folheando nossa publicação você verá ainda repaginações que acamparam nos arredores da montanha das sete cores ou sublimaram por histórias da cultura extraterrena.
Mas apra além dessas incrusões temos a mudança corporoficada em novas parcerias. Quem vem com a gente em 2015 é o CurtaDoc uma organização dedicada ao documentário latino-americano e que trará a cada edição da revista uma coluna sobre os curtas que compõe o seu acervo. Com a gente ainda vai estar a Pró-Reitoria de Extensão e o espaço Universidade na Comunidade, uma editoria especial sobre a participação da UNILA na sociedade através de projetos culturais. As publicações em 2015 trarão também fotografias das séries exibidas em nossa fanpage: #CotidianoUNILA, #TerrasFronteiriças e #GentesdaFronteira.
Movimente-se
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Edição Especial 3 Anos
n. 14 (2015)E lá se vai, mundo afora, mais uma edição da REVISTA PEABIRU, esta, comemorativa e de papel, sua! Desde que levantamos as primeiras poeiras virtuais peabirulescas, nos idos de 2012, já se foram três anos. Vagamos de Foz do Iguaçu por entre el chaco, las sabanas, pelo sertão e gelo, nos perdendo nas metrópoles e ciudadelas tão nossas. Respiramos costeando o Andes e o pacífico; bailamos mirando o Atlântico e o Caribe. passos tecidos em escritas, fotografias, desenhos e diferentes idiomas. Sem querer encaixotar nada ou ninguém em lugar nenhum, nem a nossa linguagem, seguimos sentindo a diversidade de cada esquina, as genuidades de cada olhar. E queremos ir mais longe!
Estamos, pela primeira vez, ao alcance das mãos, individuais ou coletivas, Nesta edição especial comemorativa, um sincero agradecimento aos colaboradores e a toda equipe que caminhou a gente ou por entre as páginas nestes anos.
O caminho por esta América Latina e Caribe não é curto, é instigante e de tirar o fôlego, feito de contradições, cheio de sons e de silêncios!
Sigamos caminhando?
Adelante!
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Ed. N. 13 - Outubro de 2014
n. 13 (2014)E se eu te disser que nem tudo que é moderno é novo? E que um antigo caminho Inca pode ser mais atual e presente que o mundo que se vê na TV ou que acontece nos jornais? No contemporâneo, as convicções de outrora padecem em meio às vozes que proclamam a diferença em compasso com a coexiestência. Nesta nova edição, a Peabiru te convida a ser o que o teu ser quiser. A estar em um não estado qualquer.
Nossa caminhada será em meio às cpntradições, aos passos, ainda curtos, diante das coexistências do diverso em nossa Latinoamérica. Sejamos ativos em prosas, versos e ilustrações das lutas deles e nossas, das identidades distintas e existentes, na realidade e na dramaturgia.
Com um passar respeitosos ao chão do sagrado, ora urbano, ora místico, um percurso de qualquer um!
Bora, sem esfuerzo, con el amazonico sombrero de paja toquilla na cabeça e com o esmalte bem vermelho nas unhas, em meio a esse mar de coisa nenhuma, buscar o sentido algum!
Coexista!
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Ed. N 12 - Agosto de 2014
n. 12 (2014)Agosto abres-se para os contrastes. Desagasalhamo-nos da surpresa de ventos indecisos, ora repentinos e úmidos, ora quentes e duráveis. São cambios de uma estação que já não cabe em sua própria definição. E assim como o temperamento desse clima, que já não sucumbe a uma única ventania, é que esta nova edição da REVISTA PEABIRU também transforma a sua própria identidade. Eis, agora, depois de 3 anos de trabalho coletivo, a nossa logomarca e o nosso código no mundo das publicações (ISSN-2358-4831).
Mas as páginas de agosto seguem a mesma trajetória, perdem-se em ensaios do calor das gentes de uma ilha caribenha, por uma feira literária em Bogotá, e na memória de um documentário já roteirizado sobre Foz do Iguaçu. Ainda sobram letras pra falar de lendas ou chamar para o nosso espaço outros caminhantes. Como um peiodista latino-americano e seu relato expedicionário pela festa do Sol. Assim como o Grupo PET/Conexões de Saberes que demarca seu território em nossa revistaria. Todos, soltando-se pelo eco de nossas vozes.
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Ed. N 11 - Maio de 2014
n. 11 (2014)Aviso aos ciganos e viajantes de toda América Latina: A ditadura em Macondo não será tatuada! Por isso, aproveite os dias longos, a securo do tempo para lutar e ver o mundo, marcando a vida em tua alma! É entre idas e revueltas, arte e histórias que a Revista Peabiru te convida a seguir, no teu próprio passar, adiante. Vem pelo avesso do rio, de furgão, resistindo! Os carpinchos das terras úmidas te dirão que estás por perto. Passa por Macondo, por São Paulo, por Cuba, pelo Uruguay e Assunción. Daí, chega aqui, que gostamos de cores, amores, tambores e ímpetos dramáticos — é o que temos a te oferecer nesta edição!
Nossas páginas estarão te esperando sobre a grama, capivareando!
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Ed. N 10 - Março de 2014 | Edição Especial Peabiru Cartonera
n. 10 (2014)Caminhar junto também é um dos pilares que movimenta e alimenta as nossa páginas e o nosso fazer diário sobre a cultura latino-americana, atravessada por diferentes fronteira. Nesta publicação de março, a Revista Peabiru caminha junto e faz uma parceria com o grupo PET/Conexões de Saberes da UNILA, produzindo a versão online dos contos e poesias selecionados no II Concurso Literário UNILA Cartonera de 2014. Para esta edição especial, também convidamos alguns ilustradores e fotógrafos para juntarem-se a nós e expressarem através da sua arte, diferentes leituras sobre os contos e poesias em trânsito pelas nossas páginas...
Caminhe junto, e transite entre mundos!
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Ed. N 09 - Fevereiro de 2014
n. 09 (2014)Pode ser ao som de tambores ou de frilos, mas é chegado o momento de retirar as máscaras, deixar o casulo. Então, da nudez e da proteção desfeita, refazer-se, reformular-se, remodelar-se! Pode ser a partir das raízes mais tradicionais, do barro contemporâneo ou dos sonhos do futuro. Vem vá... Deixa a Peabiru te levar mundo afora e América Latina adentro.
Nesta edição, queremos que você se perca por aí... seja na multidão surreal da boliviana Oruro, em meio aos suspeitos alebrijes ou pela cidade, em busca de cenários dessa fronteira trinacional. A Peabiru quer que você enfie o pé nos territórios de barro do Arroi Morenitas! Quer que você conhheça Foz pelos olhos de um diretor e o cinema pelos olhos de um ator. E depois... quer que você quebre seus estigmas e preconceitos, liberando-se a conhecer o outro. Aí, mais leve, aprenderá a bater as asas! Ao fim, um Eu novo!
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Ed. N 08 - Janeiro de 2014
n. 08 (2014)Uma nova edição sempre inaugura novas formas de conteúdos, mas a número 08 da Peabiru vai além e volta-se para o parimoramento estético com o qual apresentamos nossas páginas. Sempre fronteiriças, provocativamente híbridas, e de temáticas mestiças, em uma via tão diversa como a que propomos escrever: a cultua latino-americana.
Por esses descaminhos já buscamos diferentes linguagens e outras vozes, e para 2014, seguimos nos perdendo entre ilustrações, fotografias ou múltiplas escritas. E para continuar dizendo um pouco sobre a cultura desse nosso contexto, naufragamos nas palavras criadas pelas águas do rio Uruguai, nos testemunhos do que é "ser de Foz", nos olhares atravessados por uma exposição de fotografia. Também nos recombinamos na experiência visual da arte do lambe-lambe, sem, é claro, deixar de reconhecer por aí outros descaminhos como nós: o Teatro Peabiru da Ilha da Magia.
Leia a edição 8, e descaminhe-se também.
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Ed. N 07 - Agosto de 2013
n. 07 (2013)A sétima edição da Peabiru louva a mistura, festeja a miscelânia, rende-se e contagia-se com apromiscuidade das múltiplas linguagens e das artes. Não ocasionalmente, que o contato na américa Latina sempre inflamou improtantes discussões, dele sempre surgiram, inúmeros conflitos. Mas também, da mistura temos a criação artística, como desafio da convivência ou descrédito da pureza. Em âmbito cultural o contato privilegia noções de hibridismo, transculturação, colonialidade e limirialidade. Mescla e permeia nosso espaço, compõe nosso cotidiano, nos constitui, é matéria de nossas manifestações.
Fazem parte do caldeirão da edição deste mês as histórias dos "bicicleteiros da fronteira", que escolheram pedalar para se misturar; a alegria e a contestação das peosias de Paulo Leminks, cantadas pelo professor José miguel Wisnik em sua aula show; a descrição de sensações possibilitadas por lugares onde se assite ao pôr-do-sol como se asistisse a uma peça de teatro e, uma especial colaboração do escritor de fronteira Douglas Diegues que, teletransporta ao provocador portunhol selvagem, o mito guarani do nascimento da linguagem humana.
Presitgie, contagie-se, reviste-se...
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Ed. N 06 - Julho de 2013
n. 6 (2013)Já estão ficando para trás os dias gelados de uma a´tipica onda de frio no mês de julho. As surpresas, o não-convencionalismo, o inusitado, dão sempre o que falar ou são motivos de inspiração. Mostram também o eterno movimento das coisas ou nos lembram que as possibildiades são infinitas. O que singnificou a tomada, durante vários dias, de ruas, pontes e praças, por brasileiros de distintas idades, classes e ideologias? Em que outro nível para além do patológico a embriaguez chama atenção? Quem já imaginou alice e o seu coelho, o despertar, o gozo e The Dark Side of the moon, do Pink floyd, em um memso contexto? Que harmonia possui a frenética Valparaíso de Pablo neruda e Gabriel Mistral? O que há de singular por trás da multiplicidade leminskiana exposta em Foz do Iguaçu?
Em edição que destaca todos esses deslocamentos, a Peabiru também se apresenta em movimento, repaginando-se...Reconfigure-se, colabore, e surpreenda-se>>>
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Ed. N 05 - Junho de 2014
n. 5 (2013)A preocupação com o espaço atravessa o, inicialmente, aleatório conjunto de textos aqui reunidos: o norte, mais além do sul, os percursos do paradoxal viajante turista, as fronteiras invisíveis ou os fragmentos de fronteira, a via crucis de quem precisa deslocar-se sem ver; Equador o lugar do cienma, o lugar da memória...Espaços imaginados, interpelados ou a serem conquistados formam o grande mosaico multicolorido latino-americano que pulsa no interior destas páginas. Porque todxs precisam de um espaço...Nesta edição foram publicados textos da professora Victoria Darling, sobre as memórias, os silencios e as narrativas das utopias daqueles que desejaram mudar a sociedade. Também temos o texto "Danzas Criollas Latinoamericanas, da docente uruguaia Irene Porzio. E o artigo "Era uma vez um império" de Natali Zamboni. Nas páginas incluem - se ainda "Os desafios da integração latino-americana", do professor senior Nilson Araújo de Souza. E as narrativas poéticas "fala comigo doce como a chuva e me deixa ouvir" e "fronteras invisibles" entre outros.