Pôsters da revista Peabiru

2020-08-26

A partir de 2015 começaram a ser publicados pôsteres em algumas edições da revista Peabiru. O formato poster destaca dentro da revista os diversos temas culturais latino americanos, centrais em cada publicação, como o viver indígena e as lutas por direitos e visibilidade feminina e negra.

Grafite, cartazes, fotografias... Imagens de diversas formas de expressão, estamparam a América Latina em diferentes nuances e recortes. Na versão impressa da revista, é possível ainda desprender o poster da revista e expor em alguma parede, ampliando assim, os modos de acessar o conteúdo.

Todas as imagens estão disponíveis para visualização em suas edições em link no site https://www.flickr.com/photos/189515396@N04/albums/72157715477790733


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Legendas fotos


Ed. 14

Edição especial de 3 anos

Na edição especial de 3 anos aparece o primeiro poster. Com textos de Vitor Teixeira, Daniel Sanchez e Nilson Araújo de Souza. Imagem, no Peru, que já havia sido capa da edição anterior, a edição n° 13, de outubro de 2014.


Ed. 16

Edição 16, Abril de 2015.

Poster com a temática “Nas Tekohas”, conta com texto de Renan Pinna e fotografia de João Pedro de Melo Porto.


Nas tekohas (aldeias) do oeste paranaense, os avá-guarani continuam a resis. Mais do que uma saga pelas suas vidas, é uma saga de resistência por seus modos de vidas. Nesse lugar de fronteiras que parece ser de todos, são poucos aqueles que conseguem continuar com a autonomia de viverem em seus próprios lugares. 


Como disse o guarani Ilson Soares “é preciso lutar para viver e nós, guarani, vamos lutar até o último índio vivo”. Porque, para os guarani, a terra é sagradas e sem Tekohá (lugar onde se pode viver do nosso jeito), não há tekó (modo de ser) guarani.


Ed. 17

Edição 17, Julho de 2015.

Poster com a temática “Ni una Menos: Mais gritos na rua”, sobre o movimento contra o feminicídio realizado em junho de 2015, na cidade de Buenos Aires, Argentina. Por Atilon Lima e Fran Rebelatto.


Foram gritos para silenciar a violência simbólica, a violência física, a violência Psicológica. Ni una Menos, uma marcha pela luta das mulheres na América Latina, apareceu nos cartazes, nas camisetas, nos outdoors da grande cidade pulsante de Buenos Aires. Mas especialmente no olhar daquelas mulheres que em marcha mais uma vez estiveram em uníssono e marcaram suas lutas no corpo social.


Ed. 18

Edição 18, Dezembro de 2015.

Poster com a temática “América Latina Una e Diversa”. Com texto de Rogério Soares e fotos  do Festival Latino-Americano, ocorrido em dezembro de 2015 em Foz do Iguaçu, de Cynthia Retamozo e Socodela.


“Quizás la manera más tranquila 

de hacer la integración es abrir la ventana

de nuestros sueños, deseos y de nuestras culturas,

para hacer posible que el otro pueda tornar conocimiento

de quiénes somos, de como vivimos, de como hablamos,

De como es nuestra cultura y a partir de ahí crear un entendimiento

más provechoso y también más positivo en términos de integración”.


Ed. 20

Edição 20, Fevereiro de 2017.

Poster com grafite de Dandara dos Palmares, por Isaac Souza de Jesus.

“Grafitei a Dandara dos Palmares no Dia da Consciência Negra por acreditar que esta é uma forma de dar visibilidade a esta mulher negra, escrava e guerreira, que lutou por liberdade no período colonial do Brasil e é pouco lembrada pela história. A Arte do Grafite, por ter sua exposição na rua, impõe a provocação no olhar de quem passa. E esta foi minha ideia quando fiz o grafite. Tem uma música que eu gosto muito do Rappa e Rapadura que diz: ‘Não deixe que suas matrizes e suas raízes morram por falta de irrigação’. Temos o compromisso de manter a história viva.”


Ed. 22

Edição 22, Junho de 2018.

Poster com a temática “Sem Tekoha não tem Tekovy’a”, com textos de Ediane Hirle e Leandro Kuaray e foto de Michele Torinelli.


Sem Tekoha não tem Tekovy’a”

tekoha é terra sagrada

tekovy'a é vida feliz



“O Brasil atravessa um complexo cenário político, em que os direitos são

cerceados e as conquistas sociais galgam alarmantes retrocessos, por meio de

emendas constitucionais e de reformas que são via de mão única de um Estado

que legitima a violência e se omite em relação ao genocídio indígena.


Enganoso é acreditar que um país colonial e de regime escravista fosse capaz de

superar de 1988 até hoje a dominação que foi construída em mais de 500 anos

e viver em democracia plena. Pactuados o executivo, o judiciário e as milícias

armadas a serviço da elite oligárquica, atacam os direitos indígenas e

quilombolas que lutam pela demarcação de suas terras originárias. Neste

sentido, o “Marco Temporal” não passa de um argumento classista e

étnico-racista para legitimar massacres de uma elite branca, machista,

heteronormativa e agroexportadora, que tenta por meio da caneta apagar a

memória e a cultura de um povo e borrar qualquer reparação da hegemonia do

colonialismo e do capitalismo contemporâneo.


Ainda que pesem os contextos de violência exacerbada, os indígenas se

mobilizam e lutam pelos seus direitos. Lutam por existir em suas formas

diversas de vida e cultura, e para existir em harmonia com seu território

sagrado. Tentando romper relações assimétricas da dívida histórica da elite

branca que inventou e defende a propriedade privada, esses povos resistem e

reexistem em busca da vida em coletividade e do bem viver. Pois sem terra, não

há vida. E sem essas outras formas de vida, não há tekoha que perdure.”


“Resistimos na esperança, crescemos na

união fazendo nascer de nosso chão, regado

com nosso próprio sangue e com lágrimas

dos nossos sentimentos, novos guerreiros”. 

Nação Guarani



Ed. 23

Edição 23, Maio de 2020

Poster com fotografia de Natalia Gomes, designer com especialização em fotografia que atua como antropologia visual e fotografia documental. Na imagem de performance de body paint do coletivo Cuerpos que Hablan para o 8M ocorrido em 2020 em Montevideo, no Uruguay.