Para escapar à extinção
Experiências de conexão humano-natureza em encontros Rainbow
Resumo
O artigo reflete sobre modos de integração do ser humano à natureza alternativos à separação típica da modernidade e originária da crise socioecológica atual. A discussão se dá a partir da observação de encontros Rainbow, que reúnem viajantes em recintos naturais, durante um ciclo lunar (28 dias), em diversos países, para experimentar uma vida orientada à paz e ao equilíbrio com a Terra e com o cosmos. O artigo esboça imagens de uma subjetividade humana que busca tornar-se progressivamente igual à natureza, ao orientar a experiência segundo as características dos elementos naturais. Terra, água, ar e fogo, tomados como eixos de análise no artigo, são descritos por inúmeras tradições (ameríndias, andinas, budista, judaica, antroposófica, entre outras) e pela sincrética “cultura Rainbow” como correspondentes a expressões humanas – respectivamente físicas, emocionais, mentais e espirituais (com variações segundo as diferentes linhagens). A criação de uma nova subjetividade, incorporando aspectos de tradições antigas, é ponderada como mais importante do que medidas normativas contra a atual crise climática. Na direção do equilíbrio ecológico, o humano é descentrado e a natureza é percebida como um reino de intenções inteligentes e complexas. Racionalidade e intuição interagem nesta ontologia contínua de múltiplas agências.
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