Despatriarcalização do bem-viver
caminhos a partir dos movimentos feministas contra-hegemônicos na Bolívia
Resumo
O presente artigo se propõe a investigar parte da concepção de despatriarcalização da categoria “Bem-Viver” protagonizada pelos movimentos feministas na Bolívia. Primeiramente questiona-se a necessidade de despatriarcalizar esta alternativa, tendo em vista que não se trata de uma produção ocidental, mas de cosmovisões que vêm dos povos indígenas e afrolatinos, trazendo um diálogo entre produções que abordam o Bem-Viver como alternativa ao modelo de desenvolvimento ocidental e o Feminismo Decolonial, vinculado aos movimentos feministas contra-hegemônicos, especialmente indígenas, afrolatinos e afrocaribenhos. Na segunda parte, apresentam-se os elementos que os movimentos feministas contra-hegemônicos na Bolívia organizaram a partir do Plano Nacional para a Igualdade de Oportunidades “Mujeres Construyendo la Nueva Bolivia para Vivir Bien” (PNIOM), analisando, também pelo viés do Feminismo Decolonial, o posicionamento das mulheres para despatriarcalizar o Bem-Viver. Dentro de metodologia qualitativa, através de revisão bibliográfica e análise documental, conclui-se que os Bem-Viveres, em suas diversas formas, precisam ser formados pela metade dos povos, as mulheres, tanto nas cosmovisões, como nas epistemologias e nas práxis de transformação, especialmente para o enfrentamento aos epistemicídios e violências que negam a existência dos (as) outros (as).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.