n. 20 (2017): Ed. N 20 - Fevereiro de 2017

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Em busca de atravessar novas fronteiras e romper as distâncias entre o digital e o impresso, a Peabiru lança mais uma edição para estar ao alcance das mãos e da memória. São travessias em busca do contato visual, da reflexão e dos sentidos que o folhear de uma revista impressa e digital pode provocar. Por isso, acreditamos na forma que converge e que faz emergir e ampliar nossas referências de mundo, sempre sob um ponto de vista latino-americano e descolonizador. Sobre o qual nos aprofundamos a cada edição. Ao longo dos sete anos de missão integracionista da UNILA, consolidamos a Peabiru como a revista cultural da Universidade e também como um espaço democrático para ecoar diversas autorias, conformadas nas inquietudes da cultura regional. Tornando visível a produção de textos, imagens e miradas de estudantes, professores e representantes da comunidade daqui e de acolá. Construímos as páginas da revista para serem telas visíveis da interculturalidade, dando ênfase para o entrelaçamento cultural de nuestra América Latina, com as peculiaridades da fronteira trinacional. Pensando nisso, elencamos uma série de autorias e materiais para indagar nosso olhar e nos posicionar diante das estruturas, dos simbolismos e das representações que tecem aquilo que somos e reproduzimos para o mundo. Nos textos desta edição, repensamos a “Cultura na fronteira” e a busca por novos espaços, movidas e expressões locais. Nos deparamos com uma abordagem crítica sobre os supostos mistérios das construções antigas, em “Lineas en la arena", sobre Nazca no Peru. “UNILA pela diversidade linguística” traz o bilinguismo na Universidade e as suas vertentes como tema. Debatemos a construção social sobre o uso da hoja de coca na Bolívia, em “O mundo contra uma planta milenar”. Resgatamos as demarcações territoriais e o deslocamento guarani, no texto “Das terras sem males aos males sem terras”. Nestas páginas, também há o tecer da cultura paraguaia com o tear do “Ñanduti Fronterizo”. E outras fronteiras são problematizadas, como o deslocamento de imigrantes mexicanos em Tijuana, em: “Aquí es donde rebotan los sueños: fronteira entre México e Estados Unidos”. Além disso, se faz presente a raiz musical com “Alabê Ôni: Quando soam os tambores, quando o corpo é reza”. Já no texto “A Ilha do Brasil: Um ensaio sobre a latinidade brasileira” tratamos do pertencimento do Brasil à identidade latino-americana. Porém, a cultura que contribui para a evolução do ser humano também pode ser repressora, conforme relata o estudo “A cultura do estupro e o patriarcado violador".

Descolonize-se e Integre-se!

Publicado: 2020-07-14

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