Corpos feitos de memória: subjetivação e construção dos corpos femininos durante a ditadura civil-militar brasileira (1969 - 1972)
Resumo
O objetivo deste artigo é pensar o corpo enquanto um espaço de inscrição de memórias. Corpos de mulheres que questionaram, de alguma forma, o regime político instaurado em 1964. E, por isso, experienciaram na própria carne a violência das ações dos órgãos repressivos. Como em suas memórias percebem, sentem, subjetivam seus corpos, suas experiências, seus medos, a partir das marcas deixadas pela violência, pela tortura, pelo aprisionamento, por todas as formas de dor e humilhação a que foram submetidas nos anos em que estiveram à mercê das práticas de repressão política empreendida pela ditadura iniciada em 1964. Como os seus corpos foram e são percebidos enquanto espaços nos quais reminiscências de outrora ainda se fazem vivas e se mesclam a elementos contemporâneos.
Palavras-chave: corpo, memória, subjetivação, espaço.
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