ABORDANDO O RACISMO E A SEGREGAÇÃ ESPACIAL NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASIL. Entender a história dos espaços para transformar o futuro das cidades americanas
Resumo
A sistematização teórica sobre a desigualdade urbana e fenômenos como segregação na América Latina não contemplaram como eixos principais para discussão ou pesquisa: as questões de género e raça, sendo estandardizado o processo tanto histórico como de desenvolvimento e considerando como única categoria de análise, a classe –tanto socioeconômica como cultural.Nesse sentido, o presente artigo tem por objetivo principal explicar como as questões urbanas de desigualdade e segregação urbanas tem bases suas bases no processo colonizador e nas continuidades racistas pós independência e pós abolição no Brasil e nos Estados Unidos, destacando o papel das políticas públicas e das normativas de costumes (direito costumeiro) na reprodução de tal modelo de desumanização e marginalização que é o racismo. O texto está estruturado em seis partes, iniciando com um breve repasse de conceitos a serem abordados; seguido por uma revisão superficial do processo colonizador nos dois países; em seguida é abordado o abolicionismo no contexto capitalista e nos dois países e as espacializações e desigualdades no processo urbanizador moderno nas cidades dos dois países; por último, as considerações finais a modo de conclusão.