Território extinto: Análise dos discursos e práticas Guarani sobre as terras tragadas por Itaipu Binacional

Autores

  • Clovis Antonio Brighenti UNILA

Resumo

No dia 13 de outubro de 1982 as comportas da hidrelétrica de Itaipu Binacional foram fechadas. Esse ato não acabou apenas com o maior salto por volume d’água no mundo, conhecido como Sete Quedas, mas também com o território Guarani nas margens do Rio Paraná ou o Paraná Rembeipe, cujas terras eram as que restavam aos Guarani após o processo violento de colonização e, segundo Bonomo, esse seria o território de origem dessa população. Concomitante a construção e instalação da referida obra identificamos dois momentos distintos: o sarambi ou esparramo, durante a construção do lago; posteriormente iniciam processo de reagrupamento e reorganização das relações sociopolíticas. Nesse artigo analisaremos o percurso de resistência Guarani  para recuperar o território extinto há 35 anos. A partir da análise do discurso oral e da documentação histórica pretendemos compreender o processo discursivo em torno de um território inexistente, pelo qual emerge a necessidade de acionar a memória para promover ações em torno da conquista de outros espaços.

Biografia do Autor

Clovis Antonio Brighenti, UNILA

Doutor em História Cultural; Professor de História na UNILA

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Publicado

2019-04-29

Edição

Seção

Dossiê