ỌKÀN MÍMỌ́ / ÌWÀ PẸLẸ

ética-ancestral no "caroço de dendê" de mãe beata de Yemanjá

Autores

  • Marcos da Silva Junior Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

natureza; filosofia; ética-ancestral; oralidade; livro;

Resumo

É emergente falarmos de ética-ancestral  rumo  a proteção da natureza, considerando que, essa proteção/cuidado tem se dado de “maneira compartimentada”  e não  de “maneira integral”, “encruzilhada” e “confluente”.  Nesse sentido,  contextualizo esse trabalho discutindo acerca dos problemas que decorrem dos comportamentos das estruturas estatais e dos próprios sujeitos com a  natureza/ser  nos últimos anos, com contribuição de Krenak(2020),  e outros intelectuais e organizações. Penso o modelo ético-filosófico ocidental  de Aristóteles, em “Ética a Nicômaco”(2015) e outros,  em suma cristalizados no que tange  ao “ fazer o bem”, que separam  a natureza do  sujeito, o  invidualizando, mas de outro a filosofi(as) como  Maat, Ubuntu, e Ìwà pẹlẹ, que integram o sujeito, o coletivizando. Destaco no livro “Caroço de dendê: a sabedoria dos terreiros : como ialorixás e babalorixás passam conhecimentos a seus filhos”(2002) , de Mãe Beata de Yemanjá  comportamentos éticos-ancestrais, baseado na sabedoria nagô-iorubá que consistem em lições, interdições, para lhe dá   com desobediência e o desrespeito a natureza/vida.  O objetivo desse trabalho é considerar se é possível que a oralidade dos terreiros possa contribuir quanto aos aspectos que envolvam questões éticas e de preservação e cuidado com a natureza. A metodologia utilizada para desenvolver esse trabalho é bibliográfica e exploratória, através de documentos audiovisuais, artigos, livros etc.   

Referências

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Publicado

2023-09-08