Interlocuções entre a filosofia bantu-kongo e a prática do bem viver
as mulheres negras e o processo de cuidado através do bem viver
Resumen
Pensar a partir de uma perspectiva decolonial mostra-se uma ferramenta possível para a emancipação dos povos não hegemônicos, uma vez que a contribuição destes povos passa a integrar o ambiente científico, e com isso, proporciona a visibilidade de culturas, tradições e contextos sociais que se distanciam da universalidade europeia. Observamos o desserviço que as ciências humanas e a área da saúde realizam legitimando teorias racistas e excludentes, e ao ter acesso a autoras/es que nos provocam através de denúncias a colonialidade, entendemos que é possível trilhar novas perspectivas no horizonte de pesquisa. O colonialismo estabeleceu-se na América Latina e no Caribe com dinâmicas de poder e controle por meio da dominação do corpo, mente e natureza. Dominação esta que atingiu povos originários e a população negra conduzindo pessoas a estados de extermínio, subordinação e retirada de humanidade através da ideia de “progresso” humano/temporal/cultural, no intuito de estabelecer um processo de apagamento de valores civilizatórios africanos que garantem a sobrevivência e o bem viver de mulheres negras nas américas. Neste estudo, objetiva-se estabelecer um diálogo entre as epistemologias africanas e a prática do bem viver no processo de cuidado com mulheres negras na América Latina e no Caribe, através de reflexões que permeiam a filosofia Bantu-Kongo, a ideia de desenvolvimento, a prática do bem viver e as concepções de gênero em contextos não hegemônicos.
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