Contando minha história
uma descoberta enquanto mulher negra, acadêmica e ancestral...
Resumo
Considerando as inúmeras realidades que atravessam a construção, conhecimento e reconhecimento do ser negra, neste ensaio pretendo construir uma narrativa em torno de minha descoberta enquanto mulher negra, processo iniciado no ingresso da docência no ensino superior de uma universidade pública, atravessado pela ancestralidade/espiritualidade ligadas à Umbanda e ratificado com o acesso e leitura de uma literatura de autoras negras. Para tal, portanto, reivindico aquela parte de mim que eu não sabia que existia, meu desconhecimento a rejeitou, a abandonou e reconstruiu esses “pedacinhos” de mim. Este processo, narrado aqui a partir do que chamo de atos (como nas divisões de uma peça ou texto teatral) que formam esta narrativa, acredito que me permitirá uma reconciliação comigo. No primeiro ato, descrevo o processo inicial de me descobrir uma mulher negra, que a ancestralidade convocou para o trabalho. No segundo ato, narro meu encontro com a Umbanda e com a minha espiritualidade a partir da religião. No terceiro ato, reconheço em mim a espiritualidade que me move e que me forma não só como mulher negra, mas como acadêmica negra e ancestral. Por fim, finalizo esta narrativa no quarto ato reconhecendo em mim as inquietações, despertares, aceitações que não terminam com este texto. Embora, esta narrativa deva me fazer inteira novamente.
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