Tempo e tecnologia no processo de visualização em Química
um estudo exploratório sobre as práticas de professores em formação inicial
Resumo
As tecnologias digitais e o acesso à internet vêm trazendo à vida social desafios relacionados às problemáticas relações entre imagens e tempo baseadas em homogeneização, redundância e aceleração de consumo de conteúdo visual, promovendo leituras superficiais e individualizantes. Ao contrário, alguns estudos têm demarcado a necessidade de assegurar um tempo adequado para a aprendizagem com representações visuais químicas o qual tende a se afastar da rapidez e da individualidade. Diante disso, neste estudo exploratório investigou-se as relações entre tempo e imagens por meio de registros audiovisuais das práticas de ensino de professores em formação inicial com quatro sequências didáticas temáticas, sendo duas reportadas nesta comunicação. Para isso, procedeu-se com uma análise de conteúdo suportada por categorias analíticas vindas da literatura científica. Os resultados mostraram que o uso de tecnologias digitais prescinde de uma diferenciação temporal entre os recursos visuais químicos e os demais em função de suas respectivas intenções de ensino e não apenas em função do tipo de suporte (estático ou dinâmico). Os resultados constataram nas falas dos licenciandos um predomínio de conceitualizações no domínio macro, de modo que a problematização daquela diferenciação temporal poderia ser útil para explorar a pertinência do domínio submicro e das transições entre os domínios em práticas futuras. Com isso, o estudo reforça a importância da inserção de reflexões sobre o uso de tecnologias na formação de professores e sugere que as estratégias de ensino com visualizações podem estimular a criação das temporalidades compartilhadas e propícias a uma leitura profunda e crítica das imagens.
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