“Espaço de experiência” e “horizonte de expectativa”: usos do tempo histórico e propaganda política da ditadura militar (1964-1979)

Autores/as

  • Julia Boor Nequete Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Resumen

A consolidação da ditadura militar (1964-1985) foi um processo marcado não somete pelo crescimento do uso do aparato repressivo do Estado como também pela necessidade de construção de uma imagem que legitime os governos estabelecidos após o golpe de 1964. Neste sentido, o regime irá fazer uso de uma série de políticas a fim de criar coesão social, além de fazer circular visões sobre o país fundamentadas na narrativa dos militares. A Agência Nacional é um dos órgãos que irá construir e divulgar a propaganda política militar em formatos audiovisuais. Através destas produções pode-se encontrar importantes elementos que auxiliam na compreensão das imagens construídas pelo e para representar o regime, dando ênfase no olhar para os usos e aparecimentos dos tempos históricos na construção narrativa dos documentários em questão.

Citas

FICO, Carlos. Reinventando o otimismo: ditadura, propaganda e imaginário social no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1997.

KORNIS, Mônica de Almeida. História e cinema: um debate metodológico. Estudos Históricos, n.10, p.237-250, 1992.

KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado. Contribuição à Semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Editora Contraponto, 2006.

MAIA, Tatyana Amaral (org). Imagens e propaganda política na ditadura civil-militar (1964-1979): tópicos de pesquisa. Jundiaí: Paco Editorial, 2018

RAMOS, Fernão Pessoa. Mas afinal... o que é mesmo um documentário? São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2008.

QUADRAT, Samantha Viz; ROLLEMBERG, Denise (Orgs). Construção social dos regimes autoritários, v.1. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015.

Publicado

2019-12-21