Ribeirinhos e Covid-19: A saudade do Rio e a tristeza na feira em tempos de pandemia

Autores

  • Carlos Eduardo Do Vale Ortiz UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR
  • Nair Ferreira Gurgel do Amaral UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR

Resumo

O artigo em questão intitulado: “Ribeirinhos e Covid-19: A saudade do Rio e a tristeza da feira em tempos de pandemia” tem como principal objetivo evidenciar como o processo de desterritorialização afetou os ribeirinhos e atualmente, como esses produtos estão somatizados as consequências da pandemia. Além disso, para que houvesse pontuações assertivas sobre a temática, o escrito contou com concepções de pensadores como: Canclini (1998), Macedo (2020), Hall (2006), Junior (2015), Arruda (1999), Ivo (2010) e entre outros autores que juntos, estão em uma consonância de ideias que auxiliam no desenrolar da temática.o artigo mostra parte do processo de resiliência dos ribeirinhos que ingressam nas feiras livres de Porto Velho assim como suas atuais dificuldades relativas à reexistência.

Biografia do Autor

Carlos Eduardo Do Vale Ortiz, UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR

Possui graduação em Letras - Português pela Universidade Norte do Paraná (2017). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa. Uma segunda graduação em Pedagogia que está em andamento, pelo instituto Cotemar, iniciada em 2017. Pesquisador do GEAL (Grupo de Estudos Integrados sobre Linguagem, Educação e Cultura). Discente do Mestrado Acadêmico em Letras na Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Professor na Escola Maple Bear Canadian School - PVH.

Nair Ferreira Gurgel do Amaral, UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR

Possui Mestrado em Linguística (Área de Concentração em Análise do Discurso) pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (1996) e Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa (Área de Concentração em Análise do Discurso) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP/Araraquara(2002). Cursou o Pós-doutorado na UNICAMP - Faculdade de Educação (2011). Atualmente, é professora TITULAR (aposentada) da Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Pluralidade Cultural e Linguagem, Análise do Discurso, Linguística Aplicada Leitura e Produção de Textos. Desenvolve pesquisa na área de Educação, Cultura e Linguagem. É líder do Grupo de Pesquisa GEAL - Grupo de Estudos Integrados sobre Linguagem, Educação e Cultura e atua nas seguintes áreas: aquisição da linguagem, alfabetização, letramento, leitura, variação linguística, análise do discurso e pluralidade cultural. Faz parte do corpo docente dos Mestrados Acadêmicos em Letras e Educação, da Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Já publicou e organizou vários livros, além de artigos nas áreas respectivas de Educação e Letras.

Referências

ARRUDA, Rinaldo. Populações tradicionais e a proteção de recursos em unidades de conservação. In: Ambiente & Sociedade. Ano II, n.5, 1999.

ALMEIDA, Raul Guilherme Dias de. Negócios sociais inclusivos a partir da base da pirâmide (BOP): um estudo de caso junto a Associação de Feirantes e Produtores de Presidente Médici-Rondônia. 2014.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BAKTHIN, Mikhail (1988). Marxismo e Filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.

BERMANN, Célio. Energia no Brasil: para quê? Para quem? São Paulo: Editora Livraria da Física, 2003.

BOGDAN, Robert C. & BIKLEN, Sari Knopp. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora. 1994.

CANDIDO, Silvio Eduardo Alvarez et al. Comunidades ribeirinhas, engenheiros e conservação da floresta: construção participativa do espaço tecnológico em empreendimentos econômicos solidários na Amazônia. 2010.

CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas hibridas: Estratégias para entrar e sair da modernidade. 4 ed. 1 Remp. Trad. Heloisa Pezza Cintrão; Ana Regina Lessa. Tradução da introdução Gênese Andrade. São Paulo: Editora da universidade de São Paulo, 2006.

CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas hibridas – estratégias para entrar e sair da modernidade. Edusp, São Paulo, 1998.

CANETE, Thales Maximiliano Ravena; ANETE, Voyner Ravena. Populações tradicionais Amazônicas: Revisando conceitos. V encontro da associação nacional de pós – graduação e pesquisa em ambiente e sociedade, 2010.

CHEDIAK, Sorhaya. Discursos e Contradiscursos: A desterritorialização dos ribeirinhos para a construção da usina de Santo Antônio no rio Madeira. 2015. 180 f. Dissertação (Mestrado) – Departamento de Letras, Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, RO, 2015.

COLFERAI, Sandro Adalberto. Imigração e identidade cultural: A representação de uma identidade preferencial no interior de Rondônia. Revista Labirinto, v.13, p. 102- 119, 2014.

COSTA JUNIOR, José Maria Farah et al. Manifestações emocionais e motoras de ribeirinhos expostos ao mercúrio na Amazônia. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 20, p. 212-224, 2017.

DERROSSO, Giuliano Silveira; ICHIKAWA, Elisa Yoshie. A construção de uma usina hidrelétrica e a reconfiguração das identidades dos ribeirinhos: um estudo em Salto Caxias, Paraná. Ambient. soc., São Paulo , v. 17, n. 3, p. 97-114,2014 .

DO AMARAL, Nair Ferreira Gurgel. Processos Migratórios em Rondônia e sua influência na língua e na cultura. Linha D’água, v.25, n.1, p. 87- 107, 2012.

HALL, Stuart. A identidade Cultural na pós modernidade. Tupy Kurumin, 2006.

HAESBAERT, Rogério. Des-territorialização e identidade: a rede “gaúcha” no nordeste. Niterói: EdUFF, 1997

IVO, Anete BL. A periferia em debate: questões teóricas e de pesquisa. Caderno CRH, v. 23, n. 58, p. 09-15, 2010.

JUNIOR, Gadelha Silva; DO AMARAL, Nair Ferreira Gurgel. Análise do discurso em dois enfoques: o discurso oral dos ribeirinhos e o papel da mídia na construção simbólica dos enunciados sobre a construção das usinas hidrelétricas. Revista de Estudos de Literatura, Cultura e Alteridade-Igarapé, v. 1, n. 5, p. 1-21, 2015.

LIMA, Telma Cristiane Sasso de; MIOTO, Regina Célia Tamaso. Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Revista Katálysis, v. 10, n. SPE, p. 37-45, 2007.

LOPES, Alice Casimiro. Recontextualização e hibridismo. Curriculo sem fronteiras, v. 5. n.2, p.50 – 64, 2005.

MASCARENHAS, Gilmar; DOLZANI, Miriam CS. Feira livre: territorialidade popular e cultura na metrópole contemporânea. Ateliê Geográfico, v. 2, n. 2, p. 72-87, 2008.

MACEDO, Yuri Miguel; ORNELLAS, Joaquim Lemos; DO BOMFIM, Helder Freitas. COVID–19 NO BRASIL: o que se espera para população subalternizada?. Revista Encantar-Educação, Cultura e Sociedade, v. 2, p. 01-10, 2020.

NASCIMENTO SILVA, Maria da Graças. O espaço ribeirinho. Terceira Margem, São Paulo, 2000.

NENEVÉ, Miguel. Multiculturalismo na Amazônia: O singular e o plural em reflexões e ações. In: AMARAL, Nair Ferreira Gurgel. (Org), Editora CRV. Curitiba, 2009.

OLIVEIRA, Adauto Emmerich et al. A Pandemia de COVID-19 diante da dor de todos nós: notas para intrusão de uma comunicação social e suas interfaces com a saúde mais cidadã. Osiris - Centros de estudos sociais/UC-PT. p. 1 -5, 2020

QUEIROZ, Renato da Silva. Apresentação. In: REBOUÇAS, Lidia Marcelino. O planejado e o vivido: o reassentamento de famílias ribeirinhas no pontal do Paranapanema. São Paulo: Annablume, 2000.

SAGUE LOPEZ, Nuria; NENEVÉ, Miguel; FERREIRA GURGEL DO AMARAL, Nair. Por um ensino multicultural da Amazônia. Revista de estudos de literatura, cultura e alteridade. Igarapé, v.2, n.1, p. 203 – 218, 2013.

SILVA, Amizael gomes da. Da chibata ao inferno. Porto Velho: EDUFRO, 2001.

SELLTIZ, Claire; JAHODA, Marie; DEUTSCH, Morton; COOK, Stuart M. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder, 1967.

SERRA, Nara Eliana Miller. Compreendendo a Lógica do Trabalho em Populações Tradicionais Ribeirinhas Populações Tradicionais Ribeirinhas. Revista de Educação, Cultura e Meio Ambiente, v. 4, n. 3, 2001.

SILVA, Josué da Costa & SOUZA FILHO, Theóphilo de Alves de. O viver ribeirinho. In: Nos banzeiros do rio: Ação interdisciplinar em busca de sustentabilidade em comunidades ribeirinhas da Amazônia. Porto Velho – RO: EDUFRO, 2000.

SOARES, Lariessa; BELO, M. A. A. Consumo de pescado no município de Porto Velho-RO. Enciclopédia Biosfera, v. 11, n. 21, p. 3059-3067, 2015.

WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. (Org) Identidade e diferença: A perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

Publicado

2020-12-18