O Ambicioso Coronel?
Construções discursivas dos intelectuais brasileiros sobre o papel do Egito de Nasser no continente africano (1956-1962)
Palavras-chave:
Política Externa Brasileira, Gamal Abdel Nasser, EgitoResumo
Esse artigo analisa as diferentes construções discursivas que constituíram o multifacetado debate intelectual sobre a política internacional e a política externa nos últimos anos da experiência democrática brasileira. Em meio a uma geração de intelectuais e atores institucionais voltada ao desafio de análise e formulação sobre os sentidos mais gerais de uma nação em processo de modernização e desenvolvimento, sujeitos como Adolpho Justo Bezerra de Menezes, Eduardo Portella e José Honório Rodrigues estabeleceram sentidos acerca de diferentes fenômenos da política internacional, avaliando as possibilidades de materialização de uma liderança brasileira a partir de sua aproximação com o Terceiro Mundo. No diagnóstico de um relativo protagonismo egípcio no continente africano, diferentes olhares acerca do papel do país de Nasser em meio ao avanço da descolonização e formação de um sistema de Estados independentes intrigaram tais atores, num processo, ainda que complexo, de formação de uma identidade internacional ao projeto brasileiro. A partir das contribuições de Patrick Charaudeau sobre o discurso político, analisam-se as contribuições dos intelectuais em questão, considerando-as enquanto parte de um movimento de reconhecimento da posição relativa do Brasil na arquitetura política global e de outras peças capazes de alterar a correlação de forças dentro e fora do continente africano.
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