Em nome da imagem do Brasil no exterior: o monitoramento de viagens internacionais de indígenas durante o período ditatorial (1974-1980)
Palavras-chave:
ditadura militar, imagem internacional do Brasil, povos indígenasResumo
Este artigo analisa a atuação do Estado-nação brasileiro, diante das campanhas internacionais em defesa dos direitos indígenas. Restringimos a análise fatos específicos, os congressos e encontros internacionais com participação de representantes indígenas, ocorridos entre 1974 e 1980. A partir de uma força-tarefa envolvendo diferentes órgãos públicos, foram monitoradas, contestadas, e às vezes reprimidas, as iniciativas de denúncias, de promoção de direitos humanos e de articulação internacional de lideranças indígenas e de seus aliados, como setores da sociedade civil organizada e do clero. Investiga-se quais elementos político-ideológicos do regime militar influenciaram aspectos estruturais e duradouros das relações assimétricas entre o Estado brasileiro e povos indígenas, e como isso ocorreu. Parte-se do pressuposto de que o Estado-nação se sustenta tanto no poder coercitivo quanto no simbólico, mesmo em períodos autoritários, e que a gestão da imagem internacional é um instrumento de afirmação de autoridade, associado a objetivos de segurança e desenvolvimento. A pesquisa baseia-se no acervo de órgãos públicos constantes no Arquivo Nacional, acessados de forma digital e processados através de sistemática análise documental e de buscas por palavras-chave.
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