Passeio Noturno e Bacurau: modos de representar a violência latino-americana

Autores

  • Murilo Eduardo dos Reis UNESP/CAPES

Palavras-chave:

Literatura, Cinema, Narrativa, Violência

Resumo

Por ser algo inerente ao cotidiano da América Latina, a violência acaba tornando-se matéria-prima amplamente utilizada pelos artistas dela oriundos. Tendo esse aspecto em vista, o presente artigo tem como tema a representação da violência em duas narrativas ambientadas no Brasil: um conto escrito por Rubem Fonseca e um filme dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. O objetivo é examinar, em uma passagem de cada título, de que maneira os autores elaboram situações de brutalidade em suas respectivas obras, considerando diferenças e semelhanças entre as formas literária e cinematográfica. O corpus é composto pela narrativa breve "Passeio noturno", que faz parte da coletânea Feliz ano novo, de 1976, e pelo longa-metragem Bacurau, de 2019. Dessa maneira, o percurso metodológico se vale da apropriação seletiva de ensaios sobre aspectos narrativos, tanto na literatura quanto no cinema, e a respeito da violência. Assim, tomamos como apoio teórico textos críticos e analíticos de estudiosos como Castor Bartolomé Ruiz (2014), Marilena Chaui (2015), Gérard Genette (2017), Antonio Candido (2011), Stephen Prince (2003) e Ismail Xavier (2019). Ao final, espera-se demonstrar como a utilização de determinados recursos expressivos singulariza situações que, inseridas no cotidiano, perderiam seu impacto, além de serem obras que representam a continuidade de uma brutalidade historicamente ligada à América Latina.

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Publicado

2022-04-27

Como Citar

Eduardo dos Reis, M. (2022). Passeio Noturno e Bacurau: modos de representar a violência latino-americana. Frontería - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Literatura Comparada, 2(2), 78–96. Recuperado de https://revistas.unila.edu.br/litcomparada/article/view/2934

Edição

Seção

Formas e efeitos da violência na literatura e no cinema latino-americano