Resenha: A identidade literária de Harriet Beecher Stowe através da leitura de A cabana do pai Tomás
Palavras-chave:
Identidade literária, Literatura americana, NegritudeResumo
Esta resenha propõe-se a discutir a identidade literária da escritora americana Harriet Beecher Stowe em seu livro de maior sucesso A Cabana do Pai Tomás, utilizando-se, para isso, das análises feitas sobre identidade de Ricouer, Ortis e Munanga. Levando-se em consideração critérios como a época de publicação e a ideologia abolicionista declarada pela autora e sua família, levantou-se trechos com expressões que abordam o preconceito para com o negro, e com isso demonstrou-se o estereótipo do mesmo como sendo apenas uma mercadoria, além de descrever toda a segregação racial passada pelos escravos no final do século XIX nos Estados Unidos. Foram destacados também fragmentos que expunham a imagem da sociedade daquela época, que via a necessidade de reformas baseadas na expansão do protestantismo. A autora também descreveu diversos relatos de narrativas de escravos fugitivos. O que ela propunha era, não somente, relatar as dificuldades enfrentadas pelos escravos, mas também denunciar as atrocidades passadas pelos negros em seu país, país esse, que se dizia cristão e um lugar de liberdade. O que se observou foi uma relação entre a identidade da autora e a composição desse romance, uma vez que ao idealizar Tomás, Stowe o identifica não com o um herói, mas sim, como um mártir.
Referências
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