Entrevista: Que história estamos escrevendo hoje como geração? Entrevista à Claudia Tangoa - diretora, dramaturga, atriz e professora peruana

Autores

  • Rafa Falcão Universidade Federal do Paraná - UFPR

Resumo

Resumo: Através da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG-UNILA) em seu programa de mobilidade acadêmica internacional (2018/2019) entre as instituições de ensino superior Universidade Federal da Integração Latino-americana (UNILA) e a Pontificia Universidad Católica del Perú (PUCP), conheci e entrevistei a jovem diretora, dramaturga, atriz e professora Claudia Tangoa. A entrevista fez parte das atividades previstas e realizadas durante o período de pesquisa de campo, compreendido de março a agosto de 2019 em Lima/Peru e integrou a dissertação de mestrado defendida no dia 31 de agosto de 2020 no Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-americanos (PPG-IELA), sob orientação da professora doutora Débora Cota. A pesquisa intitulada As disputas do enunciado testemunhal na obra de teatro documental peruana Proyecto 1980-2000, el tiempo que heredé buscou compreender como o testemunho articula uma perspectiva histórica e literária sobre os processos de rememoração. Os sujeitos partícipes da peça de teatro são familiares de agentes políticos diretamente envolvidos num dos piores momentos da história recente do país, o conflito armado interno (1980/2000). Segundo Seligmann-Silva (2003), o testemunho até 1980 restringia-se aos gêneros clássicos da representação: biografia, jornalismo, etc. Consequentemente, não faz parte da sua tradição questionar os limites e possibilidades da representação, por outro lado, e, principalmente nas últimas décadas, o testemunho tem sido peça-chave em diferentes jogos e experimentações artístico-literárias e elemento fundamental na reconstrução identidária de sujeitos vítimas de violência, no caso da peça peruana, vítimas do terrorismo de Estado. Portanto, quais seriam os aportes  que a análise do testemunho na dramaturgia latino-americana traria para ajudar a compreender este fenômeno enunciativo? Que alcances a zona cinza entre a ficção e a realidade possui no estudo do teor testemunhal, da memória, da comunidade, e da identidade? Tais indagações nortearam a pesquisa e, consequentemente, estiveram presentes na entrevista com Claudia Tangoa.

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Publicado

2021-07-28

Como Citar

Falcão, R. (2021). Entrevista: Que história estamos escrevendo hoje como geração? Entrevista à Claudia Tangoa - diretora, dramaturga, atriz e professora peruana. Frontería evista o rograma e Pós-Graduação m iteratura omparada, 2(1), 61–69. ecuperado de https://revistas.unila.edu.br/litcomparada/article/view/2650