AVANÇOS E RETROCESSOS DO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO REGIONAL DO MERCOSUL: PARA ALÉM DE UMA INSTITUCIONALIZAÇÃO VAZIA

Autores

  • Lucas Oliveira Ferreira

Palavras-chave:

Institucionalização, Mercosul, Integração Regional

Resumo

Esse trabalho se propõe a discutir o processo de institucionalização do Mercosul, da sua origem até o período pós 2003, com especial atenção ao nível de adequação desse processo de institucionalização e ao debate teórico que o cerca. Para tanto o trabalho é dividido em três momentos de analise, um primeiro momento onde são discutidas e analisadas questões ligadas as origens dos processos de integração regional na América Latina, assim como as nuances da inserção do Mercosul nesse contexto histórico de proliferação de blocos de integração regional. Em um segundo momento são trabalhadas, de maneira breve, as principais teorias clássicas da integração regional, que permearam as bases teóricas de criação dos processos de integração regional na década de 80 e 90, bem como a transversalidade e importância do conceito de institucionalização para o desenvolvimento teórico clássico do conceito de integração e suas repercussões na estrutura institucional do Mercado Comum do Sul. E por fim em um terceiro e ultimo momento intenta-se analisar as fases do processo de institucionalização do Mercosul, bem como discutir à luz dessas informações se o processo de institucionalização do bloco tem conseguido gerar consolidação
e avanços significativos para a iniciativa de integração do Mercosul, ou se tal processo tem se mostrado como um esforço estéril na busca de um ideal de integração inalcançável.

Referências

Balassa, B. (1980). Teoria de la Integración Económica. Ciudad de México: Hispano Americano.

Bhagwati, J., Panagariya, A. (1996) Preferential trade areas and multilateralism: strangers, friends or foes? The Economics of Preferential Trade Agreements, p. 1-78. Washington, Estados Unidos, AEI Press.

Botelho, J. C. A. (2014). A institucionalização de blocos de integração: uma proposta de critérios de medição. Contexto int., Rio de Janeiro, v. 36, n. 1, p. 229-259, June. Recuperado em 05 de julho, 2019, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292014000100008&lng=en&nrm=iso.

Bressan, R. N.; Luciano, B. T. (2014). A Comunidade Andina no século XXI: entre bolivarianos e a Aliança do Pacífico. In: 38º Encontro Anual da ANPOCS, 2014. Recuperado em 12 de julho, 2019, de https://www.anpocs.com/index.php/papers-38-encontro/gt-1/gt24-1/9045-a-comunidade-andina-no-seculo-xxi-entre-bolivarianos-e-a-alianca-do-pacifico/file.

Candeas, A. (2010). A integração Brasil-Argentina: história de uma ideia na “visão do outro”. Brasília: FUNAG.

Corazza, G. (2006) O “regionalismo aberto” da CEPAL e a inserção da América Latina na globalização. In: Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 27, n. 1, p. 135-152, maio.

Deutsch, K. W. et al. (1957). Political community and the North Atlantic área: International organization in the light of historical experience. Princeton: Princeton University Press.

Deutsch, K. W. (1967). France, Germany, and the Western Alliance: A Study of Elite Attitudes on European Integration and World Politics. New York: Scribner’s sons.

Deutsch, K. W. (1978). Análise das relações internacionais. Brasília: UnB.

Deutsch, K. W. (1990). A integração política: condições fundamentais e processos. In: Braillard, Philippe. Teorias das relações internacionais. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, p. 363-384.

Haas, E. B. (1958). The Uniting of Europe: Political, Social, and Economic Forces (1950-57). Stanford: Stanford University Press.

Haas, E. B. (1961). International integration: The European and the universal process. In: International Organization, Cambrige: Cambrige University Press, v. 15, n. 3, p. 366-392. Recuperado em 21 de julho, 2019, de https://www.cambridge.org/core/journals/international-organization/article/international-integration-the-european-and-the-universal-process.

Haas, Ernest B. (1976). Turbulent fields and the theory of regional integration. In: International Organization, Cambrige: Cambrige University Press, v. 30, n. 2, p. 173-212. Recuperado em 26 de julho, 2019, de https://www.cambridge.org/core/journals/international-organization/article/turbulent-fields-and-the-theory-of-regional-integration

Hoffmann, A. R., Coutinho, M., Kfuri, R. (2008). Indicadores e Análise Multidimensional do Processo de Integração do Cone Sul. Rev. bras. polít. int., Brasília, v. 51, n. 2, p. 98-116, dez.

Recuperado em 08 de julho, 2019, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003473292008000200007&lng=pt&nrm=iso.

Huntington, S. P. (1975) A ordem política nas sociedades em mudança. São Paulo: Edusp.

Lawrence, R. Z. (1996) Regionalism, Multilaterlasim, and Deeper Integration, Washington: Brookings Institution.

Mainwaring, S., Torcal, M. (2005). Teoria e institucionalização dos sistemas partidários após a terceira onda de democratização. Opin. Publica, Campinas , v. 11, n. 2, p. 249-286, Oct. Recuperado em 26 de julho, 2019, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010462762005000200001&lng=en&nrm=iso.

Malamud, A.; Sousa, L. de. (2005). Parlamentos supranacionais na Europa e na América Latina: entre o fortalecimento e a irrelevância. Contexto int., Rio de Janeiro, v. 27, n. 2, p. 369-409, Dec. Recuperado em 24 de julho, 2019, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010285292005000200005&lng=en&nrm=iso.

Malamud, A., Schmitter, P. C. (2006). La experiencia de integración europea y el potencial de integración del Mercosur. In: Desarollo Económico, Buenos Aires: IDES, n. 46 (181), p. 3-31. Recuperado em 22 de julho, 2019, de https://eulacfoundation.org/es/system/files/LA%20EXPERIENCIA%20DE%20INTEGRACION%20EUROPEA.pdf.

Mansani, R. de S., Reis, R. P. (2014) As teorías das relações internacionais nos estudos de política externa: um breve olhar a partir das perspectivas realista e liberal. Revista Andina de Estudios Políticos, v. 4, n. 1, p. 20-29. Recuperado em 11 de julho, 2019, de http://iepa.org.pe/raep/index.php/ojs/article/view/47.

Mariano, M. P., Mariano, K. P. (2002). As teorias de integração regional e os Estados subnacionais. In: Revista Impulso, Piracicaba: Ed. UNIMEP v. 13, n. 31, p. 47-69, Mai/Ago. Recuperado em 26 de julho, 2019, de https://www.researchgate.net/publication/242226207_As_teorias_de_integracao_regional_e_os_Estados_Subnacionais.

Mitrany, D. (1943). A working peace system: An argument for the functional development of international organization. London: Royal institute of International Affairs.

Mitrany, D. (1966). The prospect of integration: Federal or functional. In: Jornal of common market studies, Birmingham: John Wiley& Sons, v. 4, n. 2, p. 119-149. Recuperado em 21 de julho, 2019, de https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1111/j.1468-5965.1965.tb01124.x.

Mohammeddinov, M. (2005). El Mercosur y la Unión Europea: variación entre los factores de cohesión regional. Polis, México, v. 1, n. 2, p. 169-204, dec. Recuperado em 15 de julho, 2019, de http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-23332005000200169&lng=es&nrm=iso.

Oliveira, A. C. de. (2013). Do velho ao novo regionalismo: evolução das políticas conjuntas para o desenvolvimento da América Latina. In: Seminário sobre Neostructuralismo y Economía Heterodoxa, n. 1, Santiago, Chile. Convocatoria a las jornadas de planificación –

ILPES CEPAL. Recuperado em 04 de julho, 2019, http://www.cepal.org/pt-br/publicaciones/36664-velho-novo-regionalismo-evolusao-politicas-conjuntas-o-desenvolvimento-planejado.

Pierson, P. (1996). The Path to European Integration: A Historical Institutionalist Perspective. Comparative Political Studies, v. 29, n. 2, p. 123-163. Recuperado em 18 de julho, 2019, de https://journals.sagepub.com/doi/pdf/10.1177/0010414096029002001.

Prebisch, R. (2012). El desarrollo económico de la América Latina y algunos de sus principales problemas (1949).1ª ed. Santiago: CEPAL.

Pollack, M. A. (2008). The new institucionalisms and European Integration. ConWEB – webpapers on Constitutionalism and Governance beyond the State, n. 1, p. 1-25, Recuperado em 18 de julho, 2019, de https://www.researchgate.net/publication/5014887_The_New_Institutionalisms_and_European_Integration.

Ramos, L.; Marques, S. F.; Jesus, D. S. V. de. (2009). A União Europeia e os estudos de integração regional. Belo Horizonte: Del Rey.

Reis, M. dos; Azevedo, A. F. Z. de; Lelis, M. T. C. (2014). Os efeitos do novo regionalismo sobre o comércio. Estud. Econ., São Paulo, v. 44, n. 2, p. 351-381, June. Recuperado em 05 de julho, 2019, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010141612014000200005&lng=en&nrm=iso.

Schmitter, Phillipe C. (1969). Three neofunctional hypotheses about international integration. In: International Organization, Cambrige: Cambrige University Press, v. 23, n. 1, p. 161-166. Recuperado em 18 de julho, 2019, de https://www.cambridge.org/core/journals/international-organization/article/three-neofunctional-hypotheses-about-international-integration.

Silva, K. de S., Costa, R. A. da. (2013). Organizações internacionais de integração regional: União Européia, Mercosul e Unasul. Editora UFSC: Florianópolis.

Souza, André de Mello et al. (2010). Integrando Desiguais: assimetrias estruturais e políticas de integração no Mercosul. Brasília: Texto para discussão do IPEA, nº 1477.

Torres, F.; Maior, P. V. (2013). A contribuição da teoria das relações internacionais para a explicação do processo de integração monetária europeia. Relações Internacionais, Lisboa, n. 39, p. 101-112, set. Recuperado em 08 de julho, 2019, de http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S164591992013000300011&lng=pt&nrm=iso

Downloads

Publicado

2021-01-06

Como Citar

Oliveira Ferreira, L. . . (2021). AVANÇOS E RETROCESSOS DO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO REGIONAL DO MERCOSUL: PARA ALÉM DE UMA INSTITUCIONALIZAÇÃO VAZIA. evista spirales, 5(1), 154–173. ecuperado de https://revistas.unila.edu.br/espirales/article/view/2685