CATÁSTROFE ANCESTRAL E OS REGIMES DE CONHECIMENTO COSMOPOLÍTICO-TERRITORIAIS
DOI:
https://doi.org/10.29327/2282886.8.1-7Palavras-chave:
regimes de conhecimento, cosmopráticas biodiversificadoras, geontopoder, saberes tradicionais, estudos decoloniaisResumo
Partindo de autores latino-americanos, bem como dos debates decoloniais/anticoloniais, oferecemos algumas chaves de entendimento sobre as implicações entre os regimes epistêmicos do que chamamos de "Ciência das Plantations" ou "Ciência do Extrativismo" e os emergentes conflitos socioambientais contra aqueles que se opõem à tradução da natureza em mero recurso, sinalizando para os modos de saber e poder que constituem e sustentam a ecologia invasora do colonialismo e as zonas de conflitualidade produzidas por ela na era do Geontopoder. Apresentamos reflexões sobre as cosmopráticas biodiversificadoras, seu regime de conhecimento e ontologias relacionais e sobre como a emergência climática pode ser lida por meio da articulação entre regimes de conhecimento, (cosmo)práticas de fazer mundos e governança de territórios no que diz respeito aos embates ontoepistemológicos e suas infraestruturas. Nossa pesquisa debruça-se, por fim, sobre em que medida e de que formas diferentes regimes de conhecimento – da ciência e dos ditos “saberes tradicionais” – podem (inter)atuar, em meio a cenários de disputas e conflitos sociotécnicos, no enfrentamento das múltiplas crises do presente.
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