RELAÇÕES AFETIVAS E MULHERES NEGRAS: OBJETO SEXUAL OU SOLIDÃO.

Autores

  • Tamyres Laysla Messias Faculdade CEUT
  • Malú Flávia Porto Amorim UESPI - Universidade Estadual do Piauí

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar a afetividade e a solidão da mulher negra partindo do ponto de vista de que as relações afetiva-sexuais estão relacionadas com a dimensão racial. É histórico o tratamento desumano dado às mulheres negras, não sendo autorizadas sequer a demonstrar seus sentimentos ou escolher livremente seus parceiros. Se para as mulheres o exercício dos principais direitos eram tolhidos, no tocante as mulheres negras a situação era ainda pior. Relatos históricos apresentam que as mulheres brancas representavam a candura, inocência e fragilidade, enquanto as mulheres negras poderiam aguentar os mais cruéis tratamentos. Atualmente, os crescentes percentuais de mulheres negras solitárias deixa clara a seguinte situação: ou a mulher negra é objetificada sexualmente ou é condenada a viver sozinha. A partir dessa análise se verificará teorias como a da degenerescência racial e a do branqueamento sob a justificativa da necessidade de fomento da discussão de tão importante e atual tema. O problema a que se pretende abordar seria como as questões raciais e o recorte histórico da escravidão e suas consequências que perduram até hoje no Brasil, refletem na afetividade das mulheres negras.

Biografia do Autor

Tamyres Laysla Messias, Faculdade CEUT

Graduada em Direito pela faculdade CEUT. Advogada. Especialista em Docência do Ensino Superior - faculdade FAIBRA. Colunista do site Themos Vagas sobre Direitos do Consumidor. Agente Penitenciária do Estado do Piauí.

Malú Flávia Porto Amorim, UESPI - Universidade Estadual do Piauí

Professora da Faculdade UniNassau Aliança. Advogada licenciada OAB/PI 9474. Graduada em Direito (UESPI). Especialista em Direito Ambiental e Urbanístico (Anhanguera|UNIDERP). Mestre em Sociologia (UFPI). Pós-graduanda em Direitos Humanos (FAR). Compõe o grupo de pesquisa e extensão Direitos Humanos e Cidadania - DiHuCi. Agente Penitenciária do Estado do Piauí.

Referências

BOURDIEU, P. (2005). A dominação masculina. Bertrand Brasil: Rio de Janeiro.

DEL PRIORE, M. (2013). Histórias e Conversas de Mulher. Planeta: São Paulo. 1 ed.

EVARISTO. C. (2003). Gênero e Etnia: uma escre(vivência) de dupla face. UFPB. I Seminário Internacional Mulheres e Literatura.

___________. (2006). “Escrevivência” em becos da memória. Mazza: Belo Horizonte.

HOOKS. B. (1995). Intelectuais negras. Estudos Feministas, n. 2.

KILOMBA, G. (2012). Plantation Memories: Episodes of Everyday Racism. Unrast Verlag: Munster.

PACHECO, A. C. L. (2013). Mulher negra: afetividade e solidão. ÉDUFBA: Salvador.

PATEMAN, C. (1993). O Contrato Sexual. Tradução de Marta Avancini. Paz e Terra: São Paulo.

RIBEIRO, D. (2017). O que é lugar de fala? Letramento: Belo Horizonte.

RIBEIRO. M. (2015). Mulheres negras brasileiras: de Bertioga a Beijing. Revista de Estudos Feministas, v. 3, n. 2.

SAFFIOTI, H. I. B. (2011). Gênero, patriarcado, violência. Editora: Expressão Popular, reimp.

Downloads

Publicado

2019-10-13

Como Citar

Messias, T. L., & Amorim, M. F. P. (2019). RELAÇÕES AFETIVAS E MULHERES NEGRAS: OBJETO SEXUAL OU SOLIDÃO. evista spirales, 3(2), 12–35. ecuperado de https://revistas.unila.edu.br/espirales/article/view/1634