THE COLONIAL CONSTRUCTION OF HOMOTRANSPHOBIA AND ITS PERPETUATION IN THE ALGORITHMIC ERA FOR ETERNAL FASCISM

Authors

DOI:

https://doi.org/10.29327/2282886.8.1-5

Keywords:

homotransphobia, colonization, indigenous people, epistemicide, eternal fascism

Abstract

Abstract: The main objective of this study is to highlight how European colonization broke with the naturalization of homosexual lives of indigenous peoples in Brazil and how this colonial legacy generates effects nowadays. For this purpose, based on a documentary review, a brief historiography will be presented, contextualizing the naturalness of homosexual relationships among the indigenous peoples mentioned here and the way they were portrayed by the first Europeans in the 16th century. Then, using a bibliographical review, we intend to demonstrate how colonizing laws were based on religious dogmas, starting to criminalize LGBTQIAPN+ existences, contradicting the customs of those who lived here. Alongside this, from a critical perspective, there is the extermination resulting from the colonization process, through legalized violence, and epistemicide, as a way of erasing the culture of ancestral peoples, through the manipulation of language, with the use of cunning rationality, changing the interpretations given to the expression sodomy. This colonial legacy, as will be demonstrated, continues to this day, finding in the algorithm a new tool used by eternal fascism. This tool contributes to manipulating affections, maneuvering the masses against the human rights of the LGBTQIAPN+ population, even after the recognition of the criminalization of homotransphobia by the Federal Supreme Court. And, by understanding how this manipulation occurs, we hope to contribute to the emancipation and strengthening of the social achievements to historically vulnerable community.

Author Biographies

Plinio Gevezier Podolan, PUCRS

Doutorando em Direito pela PUC-RS, na área de concentração Direitos Fundamentais. Mestre em Direito, na linha de pesquisa Direitos Humanos, Proteção Multinível e Vulnerabilidades, pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em 2022. Especialista em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em 2023. Graduou-se em Direito na UFMT, em 2004. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Autor do livro "Trabalhadores Descartáveis: a exclusão do mundo do trabalho pela tecnologia". Aprovado em dois concursos para Magistratura do Trabalho, em 2007 e 2009. Professor da Escola da Magistratura do Trabalho da 23 Região. Juiz do Trabalho no TRT da 23 Região.

Pedro Henrique Baptista Reis, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC/RS

Doutor e Mestre em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - FAMECOS (2014), graduado na mesma Faculdade em Comunicação Social - Jornalismo. Concluiu Estágio Pós-Doutoral Júnior (PDJ/CNPq), sob supervisão da Profa. Dra. Ana Carolina Escosteguy também na PUC-RS/FAMECOS, onde atuou nas disciplinas de Teorias da Comunicação, Crítica da Mídia, entre outras, para os cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas em caráter de acompanhamento dos professores titulares e como substituto. Iniciou sua trajetória acadêmica como Bolsista de Iniciação Científica, primeiro pelo CNPq depois pela FAPERGS, também obteve bolsa PDSE para fazer doutoramento-sanduíche durante o ano de 2013 na Concordia University, em Montréal, Canadá, sob orientação do Professor Doutor Ollivier Dyens. Dedica-se especialmente às temáticas dos fenômenos ligados às novas Tecnologias da Informação e Comunicação, com pesquisas teóricas e de campo, com principal atenção às Teorias e Epistemologia da Comunicação, estudos sobre gênero e recepção, balizados pelos Estudos Culturais, além de estudos sobre a imbricação dos gêneros da Ficção Científica, Fantástica e Utópica com os cenários midiáticos atuais.

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Published

2024-07-30

How to Cite

Gevezier Podolan, P., & Baptista Reis, P. H. (2024). THE COLONIAL CONSTRUCTION OF HOMOTRANSPHOBIA AND ITS PERPETUATION IN THE ALGORITHMIC ERA FOR ETERNAL FASCISM. spirales ournal, 8(1). https://doi.org/10.29327/2282886.8.1-5

Issue

Section

Dossiê: Biopolíticas decoloniais: leituras latinoamericanas