Horizontes Insurgentes - Ensaios
Esta seção busca transpassar os limites do espaço acadêmico tradicional das universidades ocidentalizadas, ampliando um território epistêmico de diálogo e trocas de experiências Sul-Sul, acolhendo contribuições de movimentos sociais e altermundistas, lideranças populares, coletivos organizados, entidades públicas ou privadas socialmente engajadas, ativistas, artistas e agentes culturais, intelectuais orgânicos, estudantes, pesquisadores/as, mestres/as de saberes tradicionais, comunidades indígenas, quilombolas, povos tradicionais e demais grupos reexistentes e insurgentes. Nesta seção são compartilhadas e ensaiadas experiências, conhecimentos, formas de resistência, denúncias e perspectivas de futuro que tenham a integração latino-americana e caribenha como eixo reflexivo.
São objetivos da seção Horizontes Insurgentes:
- Construir uma visão crítica da integração latino-americana e caribenha: Debater a integração latino-americana e caribenha para além das instituições estatais, questionando modelos excludentes e propondo alternativas baseadas na solidariedade, no bem viver, na soberania popular, no protagonismo e na autonomia dos povos.
- Disponibilizar espaço acadêmico e ecoar vozes de sujeitos político-epistêmicos da integração: Ampliar o espaço de expressão para movimentos sociais, lideranças populares, coletivos organizados (agrupações feministas, LGBTQIAPN+, representações dos movimentos negros e outras formas de coletivos), intelectuais orgânicos, comunidades indígenas, quilombolas, tradicionais e outras formas de organizaçoes populares que constroem, no dia a dia, processos de resistência e integração contra-hegemônicos.
- Articular pensamento e prática: Publicar e divulgar ensaios que dialoguem com experiências concretas de luta e resistência, buscando conectar teoria e prática nos desafios da integração latino-americana e caribenha.
- Potencializar memórias e esperançar futuros: Recuperar histórias de resistências e processos de luta que marcaram o continente para imaginar e construir novos futuros para a América Latina e o Caribe.
- Construir espaços de denúncia e enfrentamento às violências: Visibilizar as múltiplas formas de violência que atravessam a América Latina e o Caribe – sejam elas coloniais, raciais, patriarcais, epistêmicas, ambientais, territoriais ou econômicas. Criar espaços para que movimentos e comunidades possam denunciar violações de direitos e debater estratégias de resistência e de justiça.
- Valorizar a diversidade ontológica e epistêmica da América Latina e do Caribe: Incentivar textos que partam de diferentes formas de conhecimento, incluindo oralidades, ontologias e epistemologias indígenas, afro-diaspóricas, feministas, comunitárias, LGBTQIAPN+ e outras perspectivas contra-hegemônicas.
- Promover a descolonização do conhecimento e repensar as estruturas coloniais da universidade: Questionar a centralidade das epistemologias ocidentais e o papel das universidades.
- Contribuir para a indexação e visibilidade acadêmica do gênero ensaio: Publicar ensaios com título, resumo e palavras-chave nos idiomas português, espanhol, inglês e francês, garantindo DOI para ensaios e ampliando o alcance desses manuscritos em plataformas acadêmicas e redes de circulação de conhecimento.
São aceitos ensaios de até 10 páginas de diversas formas: textuais (argumentativos, narrativos, descritivos, explicativos, comparativos, poético-reflexivos e manifestos), visuais (fotos, desenhos, pinturas, colagens, arte urbana, montagens cênicas e outras formas de manifestação artística e/ou cultural) ou mistos. Buscamos ensaios que rompam com visões hegemônicas e que valorizam as vozes que constroem, no dia a dia, processos de resistência, solidariedade e transformação. Entende-se por:
- Ensaios textuais: uma forma de escrita que explora um tema de maneira crítica e fluída. Pode ter diferentes objetivos, como explicar, narrar ou descrever, mas sempre busca provocar pensamentos e reflexões críticas nos/as leitores/as.
- Ensaio argumentativo: apresenta um ponto de vista e o sustenta com argumentação, conceitos e/ou dados, qualitativos ou quantitativos, visando instigar o/a leitor/a sobre a problemática apresentada.
- Ensaio narrativo: relata uma sequência de eventos ou histórias a partir de perspectivas concisas e específicas, podendo valer-se de uma abordagem subjetiva e/ou pessoal, oferecendo novas ideias e perspectivas sobre um tema.
- Ensaio descritivo: contém uma síntese expressiva e organizada sobre fatos, conceitos ou eventos, que levam o/a leitor/a a conhecer de forma objetiva sobre aquilo que for descrito.
- Ensaio explicativo: expõe e explica fatos ou conceitos, trazendo novas abordagens e conclusões sobre o assunto.
- Ensaio comparativo: examina as semelhanças e diferenças entre dois ou mais elementos, oferecendo uma análise crítica sobre temas, conceitos ou fatos comparados.
- Ensaio poético-reflexivo: pode combinar ou não elementos da poesia com reflexão pessoal, explorando questões a partir de uma visão intimista e subjetiva sobre um tema.
- Ensaio manifesto: defende a ideia ou causa de um coletivo de maneira enfática, com o objetivo de provocar ação ou reflexão.
- Ensaios visuais: utiliza imagens, fotografias, ilustrações ou outras artes visuais para expressar ideias, sentimentos, perspectivas ou reflexões sobre um tema, muitas vezes complementando ou substituindo o texto verbal.
- Ensaios mistos: combinam elementos textuais e visuais de maneira integrada, utilizando as palavras e as imagens para enriquecer e aprofundar a discussão sobre um tema. O texto e as imagens se complementam, criando uma narrativa ou reflexão mais dinâmica e multifacetada.
Os textos devem respeitar as Diretrizes para Autores/as, o template de ensaios e a folha de rosto.
