"HOY TENGO SANGRE EN MIS VENAS"
LA RESISTENCIA DE KALUNGA ANTE LAS BRECHAS INSTITUCIONALES
DOI:
https://doi.org/10.29327/2282886.9.1-21Palabras clave:
Institución, Políticas Públicas, Racismo, Quilombolas, Derechos Humanos, BrasilResumen
Durante la esclavitud en Brasil, los esclavos fugitivos formaron quilombos, comunidades aisladas. La comunidad Kalunga, ubicada en el norte de Goiás, se dedicó a la agricultura de subsistencia. Este estudio investiga las historias de los Kalunga, destacando las omisiones institucionales que los han silenciado desde su creación. Utilizando el método etnográfico, se recopilaron relatos de las experiencias de la comunidad en Cavalcante y Vão do Moleque, se realizaron entrevistas y registros de campo. Surgieron cinco temas: 1) "No hay forma de olvidar de dónde vengo": La constitución de los Kalunga; 2) "Nunca tuve infancia, hasta el día de hoy no sé lo que significa jugar": El descuido del desarrollo infantil y juvenil; 3) "No hay suficiente trabajo para todos": La continuación del trabajo servil; 4) "¿Por qué sangro tanto?" Omisiones respecto a la integridad de las mujeres; y 5) "Ve hacia adentro": La exclusión violenta y silenciosa del racismo. Luego de informar sobre la investigación de campo, se concluye que las brechas institucionales desde el período colonial mantienen a los kalungas al margen de los derechos y logros sociales, perpetuando la violencia estructural, racial e institucional.
Descargas
Citas
ARAUJO, Maria de Fátima. Gênero e violência contra a mulher: o perigoso jogo de poder e dominação. Psicol. Am. Lat., México, n. 14, out. 2008. Disponível em https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1870-350X2008000300012&script=sci_arttext. Acesso em 30 jun. 2023.
BARUFALDI, Laura. A.; SOUTO, Rayone M.C.V.; CORREIA, Renata S.B.; MONTENEGRO, Marli M.S.; PINTO, Isabella V.; SILVA, Marta M.A.; LIMA, Cheila M. Violência de gênero: comparação da mortalidade por agressão em mulheres com e sem notificação prévia de violência. Ciência & Saúde Coletiva, v. 22, n. 9, p. 2929-2938, 2017. Disponível em https://www.scielo.br/j/csc/a/rWPMHqtbdRdjMJrG5CL5MzC/?format=pdf&lang=pt Acesso em 29 jun. 2023.
BAIOCCHI, Mari de Nazaré. Kalunga: povo da terra. Brasília: Ministério da Justiça, Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, 1999.
BORSA, Juliane C.; FEIL, Cristiane F. O papel da mulher no contexto familiar: uma breve reflexão. Portal dos Psicólogos, v. 185, p. 1-12. 2008.
BRAGA, Ray. Kalungas: comunidades quilombolas no coração do Brasil. 1. ed. Porto Alegre [RS]: Buqui, 2019. [Recurso digital]
BRASIL. Lei 11.340 (Maria da Penha), de 07 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e intrafamiliar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal. Diário Oficial da União, Brasília-DF, 08 ago. 2006.
BRASIL. Lei 8.069 de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e Adolescente e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm Acesso em 07 mar. 2021.
BRAUN, Virginia; CLARKE, Victoria. Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, v. 3, n. 2, p. 77-101, 2006. https://doi.org/10.1191/1478088706qp063oa.
CARNEIRO, Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2003. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
CASTRO, Marcelle G.; DOMINGUES, Amanda K. Abandono paterno e sua influência na concepção de família. 7 f., Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel – Serviço Social) – Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Franca, 2022. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/238691/castro_mg_domingues_ak_tcc_fran.pdf?sequence=4&isAllowed=y. Acesso em: 4 jun. 2023.
CFEMEA - Centro Feminista de Estudos e Assessorias. 3ª Conferência Mundial contra o Racismo: conquistas e desafios. Jornal Fêmea, v. IX, n. 104, 2001. Disponível em: https://universidadefeminista.org.br/jornal-femea/__trashed-13/. Acesso em: 24 set 2023.
CONCEIÇÃO, Maria Inês G. Análise temática: como fazer análise qualitativa de dados qualitativos. In: Eliane M. F. Seild; Elizabeth Queiroz; Fabio Iglesias; Maurício Neubern. (Org.). Estratégias metodológicas de pesquisa em psicologia clínica: avanços e desafios. 1ed. Curitiba: CRV, 2021, v. 6, p. 67-86.
DE PAULA, Elaine; NAZÁRIO, Roseli. Entre o quilombo e a educação infantil: o (não) lugar das crianças quilombolas na política educacional brasileira. Poiésis. Unisul, Tubarão, v.11, n. 19, p. 96 - 111, Jan/Jun 2017. Disponível em: https://portaldeperiodicos.animaeducacao.com.br/index.php/Poiesis/article/view/4774. Acesso em: 24 set 2023.
FERNANDES, Cecília R. O que queriam os Kalungas? A transformação do olhar acadêmico sobre as demandas quilombolas do nordeste de Goiás. Interações (Campo Grande), v. 16, n. 2. Jul-Dec, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1518-70122015216. Acesso em: 24 set 2023.
FERNANDES, Maria Lídia Bueno. Infância(s) entre o campo e a cidade: perspectivas das crianças quilombolas em Cavalcante/Goiás/Brasil. In: CONGRESO INTERNACIONAL DE AMERICANISTAS, 56., 2018a, Salamanca. Estudios sociales: Memoria del 56.º Congreso Internacional de Americanistas. Salamanca: Ediciones Universidad Salamanca, 2018. p. 150-158.
FERNANDES, Maria Lídia; LOPES, Jader Janer. Território, cultura e educação: a configuração da infância em tempo/espaço outro. Em Aberto, Brasília, v. 31, n. 101, p. 133-146, jan./abr, 2018. DOI: https://doi.org/10.24109/2176-6673.emaberto.31i101.3517.
FERNANDES, Jurimar Moreira. Identidade e saberes sobre a infância Kalunga: o que dizem as crianças, jovens e anciões da comunidade Riachão de Monte Alegre Goiás. 61 f. Monografia de Graduação - Curso de Licenciatura em Pedagogia, Universidade Federal do Tocantins, Arraias, 2019.
FU-KIAU, Kimbwandende Kia Bunseki. Self-healing power and therapy: Old teachings from Africa. Baltimore: Black Classic Press, 1991.
GALVÃO, Ianne. Mapa da violência contra mulheres negras: reflexões sobre racismo e gênero na sociedade brasileira. Revista de Direito, v.13, n.02, p. 1-17. 2021. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/revistadir/article/view/11520/6633f. Acesso em: 28 jun. 2023
GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, n. 92/93, p. 69–82, jan./jun. 1988.
GUILLAUMON, Siegrid Guillaumon. Turismo em territórios de grande densidade religiosa. Organizações & Sociedade, v. 19, p. 679-696, 2012.
MAXQDA. Software for qualitative data analysis. Version 12. Berlin: VERBI Software – Consult – Sozialforschung GmbH. 2021. Disponível em: http://www.maxqda.com/. Acesso em: 06 out 2023.
MUNANGA, Kabengele. Origem e histórico do quilombo na África. Revista USP, São Paulo, n. 28, p. 56-63, 1996.
NASCIMENTO, Beatriz. O conceito de quilombo e a resistência cultural negra. In: NASCIMENTO, Beatriz; PITTA, Fernanda; RATTS, Alex (Org.). Beatriz Nascimento: textos, entrevistas e imagens. São Paulo: Instituto Kuanza; Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006. p. 225–230.
NARVAZ, Marta G.; KOLLER, Silvia. Por uma pedagogia não-violenta: A questão do castigo físico como forma de disciplinamento. Teoria e Prática da Educação, v.7, p. 23 - 33, 2004.
NOGUEIRA, Maria Luísa Magalhães., V. A., Araujo, A. D. G., & Pimenta, D. A. O. O método de história de vida: a exigência de um encontro em tempos de aceleração. Pesqui. prát. psicossociais, São João del-Rei , v. 12, n. 2, p. 466-485, ago. 2017. Disponível em: https://periodicos.ufsj.edu.br/revista_ppp/article/view/2454/1698. Acesso em: 09 set 2023.
O' DONNELL, Guillermo. Democracia delegativa. Novos Estudos. v. 31, n. 92, p. 25-40, 1991.
PAIVA, Marcelo C. Entre a lembrança e o esquecimento: memória, história e patrimônio cultural afro-brasileiros. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 41, nº 88, 2021. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1806-93472021v41n88-05.
PEREIRA, Bruna C. J. Tramas e dramas de gênero e de cor: a violência doméstica e familiar contra mulheres negras. 132 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Universidade de Brasília, Brasília, 2013. Disponível em: https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/13490/1/2013_BrunaCristinaJaquettoPereira.pdf. Acesso em: 28 jun. 2023.
PINSKY, Jaime. A escravidão no Brasil. 21 ed. São Paulo: Contexto, 2012.
QUEIROZ, Roosevelt B. Formação e Gestão de Políticas Públicas. 1 ed. Curitiba: Editora Intersaberes, 2012.
RODRIGUES, Marta M. A. Políticas Públicas. Coleção Folha Explica. São Paulo: PubliFolha. 2015.
ROSSI, André; PASSOS, Eduardo. Análise institucional: revisão conceitual e nuances da pesquisa-intervenção no Brasil. Revista Epos, Rio de Janeiro , v. 5, n. 1, p. 156-181, jun. 2014 . Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-700X2014000100009&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 10 jun. 2023.
SANTOS, Hélio. Os dois brasis. Revista Carta Capital – política, economia e cultura, Ano IX, Nº 216, pp. 29-36, 2002.
SANTOS, Hélio. A busca de um caminho para o Brasil. A trilha do círculo vicioso. São Paulo: Ed. Senac, 2018.
SANTOS, Hélio. Discriminação racial no Brasil. PREPARATÓRIOS PARA CONFERÊNCIA In: SEMINÁRIOS REGIONAIS MUNDIAL CONTRA RACISMO, DISCRIMINAÇÃO RACIAL, XENOFOBIA E INTOLERÃNCIA CORRELATA, 2001. Brasília. Anais. Ministério da Justiça, 2001. Disponível em: https://esmec.tjce.jus.br/wp-content/uploads/2008/10/discriminacao_racial_no_brasil.pdf. Acesso em: 24 set 2023.
THEODORO, Mário (org.). As políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil: 120 anos após a abolição. 2. ed. Brasília, DF: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2008. 180 p. ISBN 978-8578110130.
VINUTO, Juliana. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Temáticas, v. 22, n. 44, p. 203-220, 2014.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Revista Espirales

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Las autoras y autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
- Autoras/es conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo una Licencia Creative Commons Attibrution que permite el intercambio del trabajo con el reconocimiento de la autoría y la publicación inicial en esta revista.
- Autoras/es pueden establecer por separado acuerdos contractuales adicionales para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicarla en un repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
- Autoras/es tienen permiso y se les anima a divulgar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar intercambios productivos, así como aumentar el impacto y las citas del trabajo publicado (ver El Efecto del Acceso Abierto).
