Retratos da agricultura familiar baiana: cenas cotidianas
Abstract
É comum caminhar pelo sertão baiano e se deparar com pessoas que de alguma forma mantêm vínculos com o campo. São pessoas que vivem e respiram a terra, a produção, o ato de plantar e colher. São pessoas que semeiam esperanças diárias de sonhos tão palpáveis para nós urbanos: a água. No Brasil a agricultura familiar tem aproximadamente 3,9 milhões de estabelecimentos rurais familiares com uma ocupação de trabalhadores do campo de mais de 15 milhões de pessoas (IBGE, 2017)[1]. Diante de tamanha importância, importa destacar que a agricultura familiar, para além de grande produtora de alimentos, faz parte de uma categoria social de fundamental importância para a vida das pessoas. São indivíduos que alimentam um país inteiro, sobretudo, por se firmarem como uma forma de agricultura que abastece as mesas dos brasileiros com mais de 70% dos alimentos produzidos pelo país.
Agricultores e agricultoras familiares são parte da história do Brasil. Esse povo tem forte representatividade social pela sua história de luta. São trabalhadores e trabalhadoras que dia a dia, sol a sol encaram com muito sacrifício a labuta do amanhecer no campo. Os desafios que esses trabalhadores do campo encontram os tornam cada vez mais fortes e sagazes por encontrarem estratégias de sobrevivências que possibilitem reduzir as barreiras que impõem muitas restrições às suas trajetórias sociopolíticas e de luta.
O trabalho fotográfico e documental que apresento aqui faz parte de um acervo de pesquisa deste pesquisador e tem como objetivo revelar o cotidiano desses trabalhadores e trabalhadoras do campo. A construção desse trabalho apoia-se na importância das trajetórias das lutas diárias do povo do sertão baiano. No processo de pesquisa, como apresentado nas imagens, é reforçada a importância das mulheres agricultoras que trabalham no campo e são parte fundamental do caminhar das populações do campo. O trabalho aqui proposto não requer adentrar as discussões pertinentes às trajetórias de vida de cada um camponês, mas propõe, através de imagens, aguçar o imaginário do leitor a fim de propor reflexões sobre este povo.
[1] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Agropecuário 2017. Disponível em: < https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/>. Acesso em: 15 jan. 2020.
References
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Agropecuário 2017. Disponível em: < https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/>. Acesso em: 15 jan. 2020.
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