MONUMENTOS DE SOFT POWER

MUSEUS DE ARTE E ARQUITETURA EXPORTADA NA AMÉRICA LATINA DO SÉCULO XXI

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29327/2282886.8.1-9

Palavras-chave:

Monumentos de Soft Power, Museus de Arte, Arquitetura Exportada, Descolonização

Resumo

A arquitetura exportada, representada por estruturas erguidas fora de seu país de origem, torna-se uma manifestação palpável da identidade e dos valores culturais de uma nação, exercendo o que se chama de soft power por meio de seu apelo estético e significado simbólico. Na América Latina, a presença desses monumentos de soft power, aquí exemplificados nos museus de arte contemporânea, não apenas transformam paisagens urbanas, mas também exercem influência nas dinâmicas sociais e nos processos de legitimação dos sistemas da arte. A expansão do Centro Pompidou e de outros museus internacionais para locais como a Tríplice Fronteira no Brasil ilustra essa tendência, que vai de encontro às reivindicações do espaço público como lugar de resistência e descolonização que emergem na atualidade, ilustradas por ações dos movimentos iconoclastas na América Latina do Séc. 21. Este artigo explora como esses monumentos moldam percepções e ajudam a reproduzir desigualdades sociais através do contraste com as políticas culturais contemporâneas da região.

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Publicado

2024-07-30

Como Citar

Luz, A. (2024). MONUMENTOS DE SOFT POWER: MUSEUS DE ARTE E ARQUITETURA EXPORTADA NA AMÉRICA LATINA DO SÉCULO XXI. Revista Espirales, 8(1), 176–190. https://doi.org/10.29327/2282886.8.1-9

Edição

Seção

Dossiê: Biopolíticas decoloniais: leituras latinoamericanas